
Edgar Su / Reuters
E de repente tudo mudou. Outra vez.
Corpo do artigo
Há cerca de três anos que as fabricantes de smartphones deram o tiro de partida na corrida que retira do ecrã do telemóvel tudo e mais alguma coisa. Primeiro apareceram as telas com entalhe, onde se aproveita a superfície quase toda, deixando apenas uma pequena barra preta onde ficam as lentes para as selfies e uma grelha para o altifalante.
Isto para nem falar do botão frontal que quase todos tiveram, que depois ainda serviu para a leitura de impressões digitais, mas que também esse já está a desaparecer.
7ON1ROFFdCc
Com o evoluir da tecnologia, o tal notch (o entalhe) foi ficando cada vez mais pequeno. Entretanto, a Huawei conseguiu mesmo fazer desaparecer a grelha do altifalante (no Huawei P30 Pro) através de uma tecnologia que põe todo o ecrã a vibrar e a dar som.
Antes disso, várias marcas apresentaram câmaras pop-up que com um toque aparecem e desaparecem para dentro do telemóvel. Sendo que na semana passada, a Asus apresentou uma de 48MP que tanto pode ser usada como câmara principal, ou girando 180 graus, para as selfies.
Mas esta segunda-feira, as marcas chinesas Oppo e Xiaomi mostraram mais um avanço. Primeiro foi o vice-presidente da Oppo que publicou um vídeo onde se percebe que debaixo do ecrã do telefone que está a utilizar... está uma câmara. Claro que a lente nunca se vê, mas a imagem que está na tela, mostra o utilizador em modo selfie, num smartphone cuja frente é composta APENAS por ecrã.
É um ótimo avanço porque, como lembra o Engadget, ter uma câmara a aparecer e a recolher-se com recurso a um qualquer mecanismo, é sempre meio caminho andando para arranjar problemas com o telefone. Esta solução, evita tudo isso.
Brian Shen, o vice-presidente da Oppo admite que nesta fase, o resultado das fotografias "não é tão bom quanto o das câmaras normais. Há algumas perdas a nível de qualidade ótica". Mas também lembra que "nenhum salto tecnológico foi perfeito logo no arranque".
Não há datas para o lançamento desta nova tecnologia. Nem pela Oppo, nem pela Xiaomi, a fabricante que horas depois estava a publicar um vídeo onde o mesmo tipo de câmara estava aplicada num protótipo de um Mi 9.