Um confronto entre uma tradutora e uma plataforma de tradução automática. É assim que o Instituto Goethe, em Lisboa, vai assinalar o Dia Internacional da Tradução.
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Vai ser uma espécie de combate que pretende chamar a atenção para os novos desafios deixados pelos avanços no campo da inteligência artificial.
De um lado, as máquinas. Do outro, os humanos. Um combate para ver quem traduz com mais qualidade dois excertos de uma obra literária em alemão.
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A representar a espécie humana vai estar a experiente tradutora Helena Topa. Essa experiência, bem como o conhecimento da autora e da forma como ela escreve são algumas das armas que vai levar para o combate.
Pelas máquinas vai estar o Deepl, uma plataforma de tradução automática que irá socorrer-se de uma capacidade de cálculo brutal e de uma memória infindável para apresentar a sua versão do texto.
Agora mais a sério
Por enquanto, deixar uma máquina traduzir livremente um livro e publicá-lo comercialmente, ainda é algo que aponta para a ficção científica. A qualidade do trabalho final não se assemelha ao de um tradutor profissional.
No entanto, a tecnologia evolui e por isso, entrevistada pela TSF, a tradutora Helena Topa admite que plataformas como o Deepl poderão vir a ser uma espécie de colega de trabalho dos tradutores. Uma ferramenta que lhes irá permitir traduzir mais. Ou mais rápido.
Assim, no confronto de amanhã, que pode ser acompanhado no Auditório do Instituto Goethe, ou online através do Facebook, a vitória dos humanos é o mais provável.
Mas até quando?