Telescópio James Webb capta imagem do coração da Via Látea com contributo português
O Telescópio Espacial James Webb acaba de divulgar uma imagem do núcleo denso da Via Láctea, com detalhes do coração da nossa galáxia, graças à tecnologia da câmera de Infravermelho capaz de produzir imagens inéditas e de grande valor científico, numa missão que envolveu o grupo português, ISQ.
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A imagem divulgada agora, confirma que o telescópio, James Webb conseguiu captar o centro denso da Via Láctea, com detalhes do coração da nossa galáxia, através do gás e da poeira, graças à tecnologia da NIRCam (Câmera de Infravermelho Próximo), que trazem valor científico.
Ainda não explicada pelos astrónomos, mesmo porque nunca vista antes ,a região abriga uma área do espaço onde ocorre o nascimento de estrelas, conhecida como Sagitário C, que fica a 300 anos-luz do buraco negro supermassivo do centro da Via Láctea, designado, Sagitário A e mesmo atingida pela radiação de estrelas densamente compactadas, esse intenso berçário testemunha o nascimento de cerca de 500 mil estrelas.
Esta é uma missão que contou com o contributo do ISQ, grupo português que marca presença na ESQS - Europe Spatial Qualité Sécurité e acompanhou a segurança das operações, através da verificação e proteção ambiental, a conformidade do satélite (incluindo procedimentos operacionais), os estudos de segurança e licenças de operação, e forneceu ainda o suporte para o desenrolar das operações de preparação final.
Na realidade, o ISQ teve a seu cargo a verificação da conformidade dos testes elétricos e de radiofrequência (antenas), abastecimento do tanque de combustível e as respetivas operações de pressurização, bem como a integração final no lançador.
Em comunicado, a empresa assegura que a sua experiência nesta área já vem de longa data, prestando serviços de Quality Assurance/Quality Control, no Centro Espacial Europeu, na Guiana Francesa, há quase duas décadas, com uma equipa magnífica e de excelentes Colaboradores que está permanentemente na base aeroespacial em Kouru. Também trabalhamos ao nível da qualidade operacional (qualidade a bordo e qualidade no solo) dos sistemas de lançamento Ariane 5, Soyuz e Vega.
O ISQ considera que Portugal tem vindo cada vez mais a apostar na indústria Aeroespacial e felizmente temos hoje várias empresas de relevo a trabalhar nesta área e que são reconhecidas a nível internacional. Em comunicado, realça ainda que tem sido muito interessante ver que o governo português tem vindo a considerar esta, uma área de futuro, pelo que existem todas as condições para que a médio prazo Portugal se afirme como uma referência em determinados componentes do cluster aeroespacial e espera que no quadro do Portugal 2030 seja considerado um setor estratégico.