Projeto financiado pelo PRR em cerca de 4 milhões de euros, vai permitir maior segurança dos servidores e dados a ciberataques.
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Depois da chegada do supercomputador Deucalion, que está desde 1 de maio a trabalhar a 100%, o campus de Azurém da Universidade do Minho será o berço de um Data Center da Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT). Esta infraestrutura vai permitir aumentar a redundância dos servidores ainda muito concentrados em Lisboa, ou seja, maior segurança para os dados em caso de um ciberataque. A novidade foi avançada pelo reitor da UMinho, Rui Vieira de Castro, durante a última reunião do Conselho Geral.
O responsável máximo da instituição fala numa oportunidade para “aumentar a capacidade de armazenamento” da própria academia. O projeto financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), na ordem dos 3 a 4 milhões de euros, deverá estar concluído até 2026. O local escolhido para a construção deste novo edifício será o “parque de estacionamento improvisado” junto ao Centro de Computação Gráfica (CCG) e da TecMinho.
A previsão, visto que o projeto está em fase de projeção, aponta para uma sala de servidores com cerca de 500 metros quadrados, sendo que até 2026 poderão estar operacionais apenas 300 metros quadrados com possibilidade de expansão futura.
De acordo com o coordenador da FCCN, divisão para a Computação Científica Nacional, João Nuno Ferreira, esta é uma forma de aumentar e completar a redundância da rede de ensino superior e ciência já existente em todo o país. Recorde-se que a FCT detém a Norte apenas um pequeno centro de comunicações na Universidade do Porto.
"Em termos de servidores ainda temos uma concentração muito grande em Lisboa", refere. Contudo, este projeto vem "casar a iniciativa de desenvolvimento da computação avançada com a resolução deste problema antigo de ter redundância dos nossos servidores de norte a sul do país".
A longo prazo, o objetivo passará pela criação de um Centro Nacional de Computação Avançada que contará com recursos em vários locais. Guimarães e o campus de Azurém da UMinho passarão a ser particularmente relevantes para este desígnio, visto que permitem desenvolver competências nas áreas da computação avançada, componente de dados e informática não computacional de apoio a serviços digitais que a FCT disponibiliza aos investigadores e ensino superior através da FCCN.
