É dia de eleições, e a campanha não pára. Napoleon Bell é apenas um nome entre mais de 50 que os eleitores têm por onde escolher para os cargos locais.
Corpo do artigo
Em Columbus no Ohio, são as 39 cruzes que os eleitores têm para fazer mas a maior parte está mais atenta à primeira: a da presidência do país.
A jovem Alexis, afro-americana, estava contente por ter votado numa mulher; mas Obama vai deixar saudades.
"Estou animada por termos uma mulher presidente. Diz muito sobre a América. Mas não estou muito contente com ela, mas antes ela que Donald Trump. Provavelmente irei chorar quando o Obama sair, acho que ele fez muito por nós e muita gente vai sentir a sua falta", sublinha.
Também a imigrante somali Amina Lanoor votou na democrata: "Votei pela Hillary. Não quero que o Donald Trump dirija o país. Ele tem dito muitas coisas muito preocupantes".
Amina é muçulmana e usa um lenço a cobrir-lhe o cabelo. Ela confessa ter medo do que Trump possa fazer se ganhar a eleição: "Nunca se sabe. Ele não disse especificamente que as mulheres muçulmanas não podem usar o seu hijab, mas é para aí que apontam as coisas que ele diz acerca dos imigrantes".
Este bairro da capital do Ohio é maioritariamente composto por afro-americanos, daí o forte apoio a Hillary. Mas fora das grandes cidades o que se vê são cartazes de Trump.
A TSF acompanha o ano presidencial nos Estados Unidos no âmbito de uma parceria com a Fundação Luso Americana para o Desenvolvimento (FLAD).