Paul Ryan, o presidente da Câmara de Representantes dos EUA, anunciou o apoio à candidatura de Trump, depois de forte oposição.
Corpo do artigo
Foi anunciado o último e mais inesperado dos apoios republicanos a Donald Trump. Paul Ryan escreveu um artigo num jornal da terra natal, no estado do Wisconsin, para anunciar que o partido deve unir-se em torno do candidato.
"Não há dúvida de que eu e ele temos as nossas diferenças. Não vou fingir o contrário (...) Mas a realidade é que, sobre as questões centrais do nosso programa, nós temos mais pontos em comum do que divergências", afirma o presidente da Câmara de Representantes dos EUA num artigo publicado no GazetteXtra.
Donald Trump, após ganhar as primárias em maio, conta com um número crescente de apoiantes dentro do partido, com a exceção, até hoje, de Paul Ryan, que condicionava o seu apoio a concessões ideológicas.
Um mês mais tarde, após uma conversa com o candidato, o presidente da Câmara de Representantes afirmou: "Donald Trump pode-nos ajudar a concretizar" inúmeras propostas que os republicanos pretendem apresentar ao Congresso a partir da próxima semana, sobre o sistema fiscal, de saúde, políticas estrangeiras, etc.
"De modo a pôr em prática estas ideias, nós precisamos de um presidente republicano que as aceitará transformar em leis. É por isso que, quando ele ganhou a nomeação, não pude oferecer o meu apoio a Donald Trump, sem primeiro discutir o programa e princípios básicos", declara no artigo.
"Depois das conversações, estou convencido de que ele nos ajudará a transformar estas ideias em leis que nos permitirão melhorar a vida das pessoas. É por isso que vou votar nele no outono", acrescenta Paul Ryan.
Aos republicanos participantes no movimento "Tudo menos Trump", que dizem preferir votar na candidata democrata Hillary Clinton, Paul Ryan responde: "Uma presidente Clinton significaria quatro novos anos de nepotismo progressivo e de um governo mais centrado nele mesmo do que nas pessoas que deve servir".