
Randall Hill/ Reuters
Hillary Clinton venceu as primárias democratas na Carolina do Sul. A dois dias da 'superterça-feira', dia em que 11 estados vão escolher quem querem na corrida à Casa Branca pelo partido democrata, a antiga Secretária de Estado parece melhor colocada do que Bernie Sanders.
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Uma vitória esmagadora, com o voto negro a manter-se fiel aos Clinton. Hillary prepara a 'superterça-feira'. Há 11 estados em jogo já daqui a dois dias.
"Amanhã passamos a ter uma campanha nacional. Vamos lutar por cada voto em cada estado. Não vamos dar nada nem ninguém por adquirido...".
O alvo, avisa Clinton, é Trump. "Apesar do que têm ouvido, não precisamos de tornar a América grande outra vez. A América nunca deixou de ser grande!".
HillaryClinto, tal como Bernie Sanders, começa a atacar Donald Trump, talvez pensando já na campanha do Outono. A agenda radicaliza-se. "Não tenham a mínima dúvida, em nenhuma sala de administração ou suite de hotel pelo país... Ee enganarem os vossos empregados, se explorarem os vossos clientes, se poluírem o ambiente, ou fugirem ao fisco... nós vamos responsabilizar-vos!".
Hillary também quer capitalizar os votos de protesto. "É importante que Wall Street não volte a ameaçar o cidadão comum. Nenhum banco pode ser demasiado grande para falir, nem nenhum administrador demasiado poderoso para ir preso...".
E, claro, garantir o voto negro. "Também temos de encarar a realidade do racismo sistémico, que mais de meio século depois de Rosa Parks se ter sentado, de Martin Luther King ter marchado, e de John Lewis ter sangrado, ainda desempenha um papel importante em decidir quem segue em frente, e quem fica para trás".
A comunidade afro-americana votou em massa em Hillary, aqui na Carolina do Sul, com uma adesão inferior, mas com percentagens mais altas do que na eleição de Barack Obama. Um dado estatístico que começa a preocupar os republicanos.
A TSF acompanha o ano presidencial nos Estados Unidos no âmbito de uma parceria com a Fundação Luso Americana para o Desenvolvimento (FLAD).