Ana Miranda vive há 10 anos, no Soho, em Nova Iorque. Criou o Arte Institute para divulgar a cultura moderna portuguesa a um público que só conhecia fado e ranchos.
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Saiu de Portugal cansada de ouvir falar em "impossíveis". Para Ana Miranda, Nova Iorque era para ser uma passagem mas acabou em paixão.
A portuguesa Ana Miranda, umas das vozes escolhidas, pelo então Presidente Cavaco Silva como a imagem de um Portugal moderno, diz que em Portugal, "há demasiadas quintas" e falta "vontade de acreditar". Perante o vazio, criou o Arte Institute, um portal onde se divulga e promove a cultura portuguesa, no mundo.
No ano passado levou ao Keneddy Center uma "Jangada de Pedra" criada por Siza Vieira e Souto Moura, e um Elétrico de Cortiça, de Nuno Vasa, porque "é a Cultura que leva tudo atrás, incluindo a Economia". Diz que os portugueses deviam aproveitar o ímpeto da vitória no Euro 2016 para "aprender a trabalhar em equipa".
Há 4 anos, descobriu um bairro português, no coração do Soho, em Broome Street, em Nova Iorque. Realizou um documentário Portugueses do Soho - "Portugueses from SoHo - A story that changed its geography" - que passou no Moma (Museu de Arte Moderna em Nova Iorque), mais recentemente, em Portugal, no CCB e, em breve numa televisão perto de si.
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