Termina a primeira volta da campanha eleitoral e com ela acaba também o desfile de candidatos bizarros a cargos nos governos estaduais e federal.
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Está a acabar a campanha eleitoral na TV. Tempo dos telespetadores brasileiros se despedirem da avalanche de candidatos bizarros que lhes alegraram - ou entristeceram - os serões.
Como no Brasil só aos candidatos a presidente estão vetados petit noms, o resto é um festival de alcunhas para todos os gostos. Como a do já famoso palhaço Tiririca, cujo tempo de antena consistia em atirar-se para o chão a imitar o Neymar.
Foi o tempo então dos dois Batman e do Robin que estavam na corrida a um dos 513 lugares na Câmara dos Deputados, passando pelo Hulk, pelo Flash, pelo Capitão América, pelo Robocop, pelo Wolverine, pelo Homem de Ferro, pelo Bob Esponja ou pelo Homem-Aranha do Amapá e terminando no Super-Homem e na sua versão religiosa Clark Crente, houve de tudo no capítulo super-heróis.
Concorreu ainda o Viado da Bike, do Solidariedade, figura típica de Belém, do Pará, por onde circula de bicicleta e gestos efeminados (viado é calão para homossexual, para quem não saiba). Além do candidato Vai Ser Rico, do Índio do Século XXI, da Hilda da Maçã do Amor, do Agora É Nóis, do Rock Cabeludo, do Bonitão. E da Maria Sou do Povo, da Feirante Negona, do Carlão Loko, d' O Papai Chegou, da Loura do Boticário, da Estrela que Brilha, do Cachorrão, do Buscando o Imponderável, do Boca Aberta. E da Olga um Beijo e um Queijo ou do Alceu Dispor 24 Horas.
Foi bom enquanto durou, agora que venha logo a segunda volta.
O correspondente da TSF no Brasil, João Almeida Moreira, assina todas as quintas-feiras no site da TSF a crónica Acontece no Brasil.