Quatro mortos e centenas de feridos na fronteira. Maduro aceita ajuda da União Europeia
Presidente interino deslocou-se à fronteira da Venezuela com a Colômbia à espera dos contentores. O dia na Venezuela começou com confrontos entre polícia e manifestantes. Dezenas de militares venezuelanos terão desertado.
Corpo do artigo
Juan Guaidó propõe à comunidade internacional "todas as opções" para afastar Maduro
O presidente interno da Venezuela pede à comunidade internacional que não afaste um cenário de força contra Nicolas Maduro. A proposta foi feita na última madrugada através do Twitter. Juan Guaidó escreveu que, após os incidentes na fronteira, é obrigado a "propor formalmente à comunidade internacional" que mantenha em aberto todas as opções para garantir a liberdade na Venezuela. Este pedido ainda não teve resposta internacional.
1099497510836547585
Pelo menos 60 militares e polícias desertaram para a Colômbia
Mais de 60 elementos das forças armadas da Venezuela desertaram no sábado e procuraram refúgio na Colômbia, informou o ministro dos Negócios Estrangeiros colombiano, atualizando assim os dados anteriormente divulgados e que apontavam para 23 elementos. Os desertores, precisou o governante, pertenciam aos departamentos do Norte de Antander e de Arauca. Entre os 53 membros de Antander encontram-se, por exemplo, elementos da Guarda Civil, da Armada, da Polícia Nacional Bolivariana e das Forças Especiais. No anterior balanço tinha sido referido que 23 elementos desertaram. Juan Guaidó prometeu uma amnistia aos militares que rompam com o regime de Nicolas Maduro, acusado de ter sido reeleito de forma fraudulenta.
Balanço do governo colombiano aponta para 285 feridos
Pelo menos 285 pessoas ficaram feridas durante distúrbios registados na tentativa de entrada de ajuda humanitária na Venezuela junto à fronteira com a Colômbia, revelou o ministro dos Negócios Estrangeiros colombiano, Carlos Holmes Trujillo.
Colômbia anuncia que vai retirar rapidamente os seus diplomatas
O governo colombiano que para "preservar a integridade" dos seus diplomatas vai organizar a retirada destes de Caracas, depois de o Presidente Nicolás Maduro ter anunciado o corte de relações políticas e económicas.
"A fim de preservar a vida e a integridade dos funcionários colombianos organizará o mais rápido possível a viagem de regresso", lê-se num comunicado do Ministério de Relações Exteriores da Colômbia.
Paulo Rangel acusa milícias de Maduro de serem responsáveis pelos confrontos.
A ajuda humanitária internacional não conseguiu entrar na Venezuela, garantiu o eurodeputado Paulo Rangel que se encontra no país.
"A ajuda humanitária não passou e não passará. Houve em duas pontes conflitos relevantes mas não foi o exército que Maduro para lá. Foram as milícias de cara tapada", disse em declarações à TSF.
O eurodeputado do PSD explicou ainda que se cruzou com uma manifestação com milhares de pessoas, a maioria refugiados, que queriam passar a fronteira para a Colômbia.
Número de militares e polícias que desertaram sobre para 23
Pelo menos 23 membros das forças de segurança venezuelanas, entre eles 20 militares, decidiram hoje desertar, deixando de apoiar o regime de Nicolas Maduro, segundo dados do departamento de Migração da Colômbia, citados pela agência France Presse.
Num anterior balanço, o serviço de migrações colombiano tinha registado 13 agentes, entre eles 11 militares e dois polícias que romperam com o Presidente da Venezuela, Nicolas Maduro, que ordenou o bloqueio da entrada de ajuda humanitária na zona de fronteira com aquele país vizinho.
O serviço de migrações precisou que neste momento recolheram 20 militares e três polícias, sendo que um dos militares se identificou como sendo o major Hugo Parra Martinez.
Falta de público cancela segundo concerto patrocinado pelo regime
O concerto promovido pelo regime venezuelano para hoje foi suspenso devido à falta de público, de acordo com fontes oficiais, citadas pela agência EFE.
As mesmas fontes acrescentaram que os distúrbios registados na zona, junto à fronteira com a Colômbia, contribuíram para cancelar a realização do espetáculo, patrocinado pelo governo de Nicolás Maduro e que visava protestar contra a alegada ingerência estrangeira na Venezuela.
Os organizadores acrescentaram à agência noticiosa espanhola EFE que para hoje esperavam uma maior assistência que no concerto de sexta-feira, e que dos 40 artistas previstos apenas se apresentaram menos de 10.
Uma das fontes assegurou que o concerto foi cancelado devido aos distúrbios que ocorreram em San Antonio e Ureña, municípios do Estado de Táchira, próximos do local onde continua instalada uma plataforma na ponte de Tienditas
Juan Guaidó confirma entrada de ajuda humanitária do país
O Presidente interino confirmou a entrada de ajuda humanitária no país. Através das redes sociais, Juan Guaidó acusa o "regime usurpador de violar o protocolo de Genebra", por causa da destruição da ajuda humanitária, numa referência aos camiões destruídos pelas chamas em Cucuta.
1099415494053031936
1099415494053031936
Maduro aceita ajuda humanitária oferecida pela União Europeia
O Presidente da Venezuela anunciou que aceitará uma oferta da União Europeia para introduzir "legalmente" ajuda humanitária no país.
"A UE, com quem temos grandes diferenças, mandou uma comissão de diálogo, que foi recebida pelo ministro de Relações Exteriores (Jorge Arreaza) e a vice-presidente executiva (Delcy Rodr Rodriguez), e nos fez saber que estavam na disposição de dar assistência e apoio humanitário à Venezuela, legal e formalmente", explicou.
"Estão (outros) a bloquear-nos os medicamentos, e entregámos-lhes a listagem completa de medicamentos. Estão a bloquear-nos os alimentos, e entregámos-lhes uma lista com as necessidades", detalhou o Presidente da Venezuela.
"E dissemos-lhes: vamos coordenar com a ONU para ver se vocês cumprem com a oferta. Tudo o que enviarem, a Venezuela vai pagar, porque não somos mendigos de ninguém. Que cheguem aos nossos portos, de maneira legal. Aceitamos", frisou.
Maduro referiu-se ainda ao Brasil e anunciou estar na disposição de comprar os produtos vendidos no Estado brasileiro de Roraima.
Autoridades confirmam vítimas mortais na fronteira
Duas pessoas morreram e dezenas ficaram feridas na sequência de confrontos na fronteira venezuelana junto ao Brasil com as forças pró-Maduro. A informação foi confirmada à Reuters por fonte hospitalar. No entanto, a ONG Foro Penal adiantou em conferência de imprensa que registou quatro vítimas mortais, em Santa Elena de Uairén.
1099377069409079301
Alfredo Romero, da Foro Penal também adiantou que membros das milícias controladas por Maduro "atacaram o hospital."
Camiões com ajuda humanitária em chamas
Pelo menos dois camiões que transportavam ajuda humanitária estão em chamas, na ponte Francisco de Paula Santader, conforme mostram imagens divulgadas pelos media locais.
De acordo com as imagens divulgadas pela TV Venezuela Noticias, os voluntários estão a tentar recuperar alimentos e medicamentos, após confrontos com as forças armadas controladas por Nicolás Maduro.
1099387427985096704
1099392292291600387
Maduro corta relações com Colômbia
Nicolás Maduro cortou relações diplomáticas com a Colômbia. O Presidente venezuelano ordenou a expulsão imediata de diplomatas colombinas, que têm 24 horas para abandonar o país. O líder do regime chavista diz que a paciência chegou ao fim.
Militares venezuelanos usam gás lacrimogéneo contra voluntários
Um grupo de militares venezuelanos usaram gás lacrimogéneo contra voluntários que descarregavam a ajuda humanitária, na ponta Francisco de Paula, junta à fronteira com a Colômbia. A informação foi avançada pela agência Reuters. A ponte, perto da cidade de Urena, é uma das três que o Presidente interino, Juan Guaidó, espera passar a ajuda enviada por vários países.
Deserção de major-general faz subir para seis número militares que desertaram
A deserção junto à fronteira com a Colômbia do major-general venezuelano Hugo Parra Martinez fez subir para seis o número de militares que neste sábado escolheram virar as costas ao regime de Nicolas Maduro.
A fuga do major-general do exército foi acompanhada em direto pelas televisões e corresponde ao apelo que o autoproclamado Presidente interino da Venezuela Juan Guaidó hoje dirigiu aos militares do seu país, para que se coloquem "do lado certo da História".
"A liberdade chegará muito rapidamente", foram as primeiras palavras do major-general aos jornalistas ao chegar à Colômbia, onde pediu proteção às autoridades deste país.
Primeiro camião com ajuda atravessa fronteira do Brasil com a Venezuela
O primeiro dos camiões com ajuda humanitária já chegou à Venezuela, segundo anunciou o Presidente interino, Juan Guaidó. Trata-se do camião que chegou este sábado à cidade de Pacaraima, localizada junto à fronteira que está fechada desde quinta-feira, por ordem do regime de Nicolas Maduro.
Espera-se que o segundo camião de ajuda humanitária também atinja ainda durante o dia de hoje aquela linha de fronteira, apesar de ter sofrido alguns problemas técnicos no trajeto de 220 quilómetros entre a cidade de Boa Vista, capital do Estado de Roraima, e a cidade de Pacaraima.
1099340492117078018
1099344279858802688
Na fronteira da Venezuela com a Colômbia
O Presidente interino venezuelano, Juan Guaidó, assistiu, na fronteira com a Colômbia, à partida simbólica de camiões com ajuda humanitária para a Venezuela. "A ajuda humanitária vai a caminho da Venezuela", afirmou Guiadó na fronteira em Cúcuta, Colômbia, cerca das 15h35 em Lisboa (11:35 na Venezuela), minutos antes de subir a um camião com ajuda, numa cerimónia transmitida em direto pelas televisões. Ao lado de Guaidó, estava o Presidente colombiano, Ivan Duque, que antes formalizou a entrega dos camiões com a ajuda humanitária. Não há ainda informação sobre a entrada em território venezuelano.
Bem vindos ao "lado certo da história"
O presidente interino está em Cúcuta, uma cidade na fronteira com a Colômbia onde falou sobre os soldados de Nicolas Maduro que desertaram este sábado. Pelo menos quatro membros da Guarda Nacional Bolivariana desertaram este sábado e pediram a proteção das autoridades na cidade colombiana de Cúcuta, revelaram fontes oficiais colombianas numa curta mensagem enviada à imprensa.
1099298217307660288
1099306931188105218
Manifestantes pró e contra regime manifestam-se nas ruas de Caracas
Apoiantes do Presidente Nicolás Maduro saíram às ruas em Caracas para defender a revolução, no mesmo dia em que a oposição realizou concentrações na capital, para exigir a entrada de ajuda humanitária no país. Vestidos de vermelho e com bonés alusivos à bandeira da Venezuela, os manifestantes leais ao regime do Presidente Nicolás Maduro concentraram-se na Avenida Libertador de Caracas (centro), junto da sede da empresa telefónica Cantv. Nesse local, com bandeiras do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV, o partido do Governo), do Partido Comunista da Venezuela (PCV) e outras pequenas organizações políticas, vão marchar até ao palácio presidencial de Miraflores, onde mais tarde se realizará um comício em que Nicolas Maduro intervirá.
Do lado da oposição, os manifestantes concentraram-se em sete pontos distintos de Caracas (Santa Fé, Plaza Las Américas, Centro Comercial Millennium, Santa Mónica, Chacaíto, Avenida Vollmer e Altamira), onde esperam instruções para avançar até às principais bases militares de Caracas. A oposição pretende sensibilizar os militares para que permitam a entrada de ajuda humanitária internacional no país.
Focos de Tensão na fronteira com a Colômbia
Militares da Guarda Nacional da Venezuela lançaram gás lacrimogéneo sobre os manifestantes que se concentravam junto a uma das quatro pontes fronteiriças. Jornalistas da agência France Press testemunharam este ação dos agentes. As forças governamentais lançaram gás lacrimogéneo sobre dezenas de pessoas que gritavam "Queremos trabalhar". A maioria dos populares desconhecia a ordem do governo de Nicolas Maduro para fechar todas as pontes até aviso em contrário.
1099282329590222848