
epa06713184 Former President of the Generalitat of Catalonia Carles Puigdemont is seen prior to a presser at Park Inn by Radisson Hotel in Berlin, Germany, 05 May 2018. Puigdemont and the Catalan political platform centered around him discussed further plans on proposing a president for the Catalonian Government and avoid new elections. Puigdemont resides in Berlin because he is still formally in detention and may not leave Germany until German justice decides on his extradition to Spain according to a European arrest warrant. EPA/OMER MESSINGER
Omer Messinger/EPA
O Governo espanhol decidiu recorrer ao Tribunal Constitucional contra a lei regional aprovada pelo parlamento da Catalunha que permitia a investidura à distância de Carles Puigdemont.
Corpo do artigo
O anúncio foi feito pelo ministro porta-voz do executivo, Iñigo Mendez de Vigo, que espera que o Tribunal Constitucional aceite ainda hoje tramitar o caso, o que implicaria a suspensão imediata da lei sobre a Presidência da Generalitat (Governo regional) aprovada na semana passada.
O primeiro-ministro, Mariano Rajoy, apelou esta manhã aos partidos independentistas catalães para fazerem um esforço para eleger um novo Governo regional em vez de estarem subordinados à vontade do ex-presidente regional Carles Puigdemont.
"Espero que chegue o senso comum e a partir daí veremos entre todos se somos capazes de construir e terminamos com umas divisões que já se viu para o que servem: única e exclusivamente para dividir as pessoas", disse Rajoy aos jornalistas.
O parlamento da Catalunha aprovou na passada sexta-feira, com os votos dos partidos independentistas, uma reforma da lei da Presidência regional.
A maioria independentista não levou em consideração o parecer dos serviços jurídicos da assembleia regional que desaconselharam a reforma da legislação que habilita a instituição a investir o presidente do executivo da Catalunha por videoconferência.
O ex-presidente catalão, Carles Puigdemont, fugiu à justiça espanhola e aguarda na Alemanha a sua extradição para Espanha, onde é acusado de delitos de rebelião e peculato na organização de um referendo ilegal sobre a autodeterminação da Catalunha em 01 de outubro de 2017.
Os partidos separatistas catalães voltaram a ganhar a maioria no parlamento regional em 21 de dezembro último, mas têm tido dificuldade em eleger o presidente da Generalitat.