
epa06369446 (FILE) - A British police officer on patrol around London Bridge near the site of an attack, London, Britain, 04 June 2017, (reissued 05 December 2017). Media reports on 05 December 2017 state that the report by David Anderson QC, a former terrorism law reviewer asked by the British Home Secretary to audit internal MI5 and police reviews, is published on 05 December 2017. The terror attacks in 2017 - at Manchester Arena, London Bridge, Finsbury Park and Westminster - has placed the spotlight on the British security services. The British internal security service MI5 and police launched internal reviews following the atrocities between March and June 2017 and the findings of the reviews looking at intelligence handling by the organisations are to be seen in the review published by the Home Secretary. EPA/SEAN DEMPSEY *** Local Caption *** 53566527
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Ataque provocou um morto e 12 feridos.
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O homem que investiu com uma camioneta contra muçulmanos perto da mesquita de Finsbury Park, Londres, em junho de 2017, matando um homem e ferindo outros 12, foi esta sexta-feira condenado a prisão perpétua.
Darren Osborne, um galês de 48 anos natural de Cardiff, declarou-se não culpado ao referir que era apenas o passageiro do veículo, conduzido por outro homem que apenas identificou como Dave. A sua pena ficou ajustada a um período de segurança de 43 anos.
"Tratou-se de um ataque terrorista. Você procurou matar", afirmou a juíza Bobbie Cheema-Grubb ao anunciar o veredicto, após nove dias de julgamento no tribunal londrino de Woolwich.
Magistrada referiu que Osborne "radicalizou-se muito rapidamente". "O vosso estado de espírito era de um ódio impiedoso", sustentou.
O veredicto foi divulgado após uma hora de deliberações dos jurados, que consideraram "inventada" a existência de um cúmplice que estaria ao volante no momento do ataque.
Darren Osborne, pai de quatro filhos, desempregado e sem amigos próximos, estava, segundo a acusação, "obcecado" pelos muçulmanos e radicalizou-se nas semanas que antecederam o ataque.
"Darren Osborne planeou e concretizou este ataque devido ao seu ódio aos muçulmanos", comentou na quinta-feira a representante do procurador, Sue Hemming, ao considerar as alegações do indiciado "pouco convincentes" atendendo ao "peso esmagador das provas".
"Fomos claros ao longo do processo sobre o facto de que se tratou de um ataque terrorista e que agora deve enfrentar as consequências das suas ações", acrescentou na ocasião, quando foi anunciada a sua condenação por homicídio e tentativa de homicídio.
"Desde o início do nosso inquérito que não encontramos qualquer prova de que Osborne terá atuado com outro cúmplice", explicou na quinta-feira aos jornalistas o comandante Dean Haydon, chefe do contraterrorismo da Scotland Yard.
Haydon definiu Osborne como um "indivíduo perturbado, mau e cheio de ódio", cm "antecedentes de violência, alcoolismo, toxicomania e depressão".
Este ataque ocorreu num clima de extrema tensão no Reino Unido, após três atentados em três meses, em Londres e Manchester, que provocaram 35 mortos e foram reivindicados pelo grupo 'jihadista' Estado Islâmico.