Donald Trump foi o primeiro a reconhecer a legitimidade do líder da Assembleia Nacional, que se autoproclamou presidente interino da Venezuela.
Corpo do artigo
O Presidente norte-americano, em rota de colisão com o regime de Maduro, foi o primeiro a reconhecer a legitimidade de Juan Guaidó como Presidente interino da Venezuela.
Perante milhares de pessoas que se manifestavam contra Nicolás Maduro, o líder da Assembleia Nacional venezuelana autoproclamou-se presidente interino da nação que está mergulhada há vários anos numa grave crise política, económica e social.
"Levantemos a mão, hoje 23 de janeiro, na minha condição de presidente da Assembleia Nacional e perante Deus todo-poderoso e a Constituição, juro assumir as competências do executivo nacional, como Presidente Encarregado da Venezuela, para conseguir o fim da usurpação (da Presidência da República), um governo de transição e eleições livres", disse.
https://www.youtube.com/watch?v=-kcGlWcjjlw
Logo após o anúncio, Donald Trump emitiu um comunicado onde reconheceu a legitimidade de Guaidó para conduzir os destinos do país interinamente.
"Hoje, reconheço oficialmente o presidente da Assembleia nacional venezuelana, Juan Guaidó, como presidente interino da Venezuela", indicou o Presidente norte-americano.
The citizens of Venezuela have suffered for too long at the hands of the illegitimate Maduro regime. Today, I have officially recognized the President of the Venezuelan National Assembly, Juan Guaido, as the Interim President of Venezuela. https://t.co/WItWPiG9jK
- Donald J. Trump (@realDonaldTrump) 23 de janeiro de 2019
Nas últimas horas, além dos Estados Unidos, outros cinco países reconheceram o juramento de Guaidó: Brasil, Equador, Peru, Colômbia, Chile Paraguai e Costa Rica.
Em Davos, Jair Bolsonaro emitiu uma nota, divulgada nas redes sociais, onde expressa apoio ao novo líder venezuelano.
"O Brasil apoiará política e economicamente o processo de transição para que a democracia e a paz social volte a Venezuela", escreveu o recém-eleito presidente brasileiro.
Venezuela: pic.twitter.com/PC2ezDhld1
- Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) 23 de janeiro de 2019
Milhares de pessoas encheram as ruas em manifestações contra Nicolás Maduro, que tomou posse a 10 de janeiro, para um novo mandato. O resultado das eleições nunca foi reconhecido pela Assembleia Nacional, liderada pela oposição, que acusou o regime "chavista" de usurpação do poder.
Junto ao Palácio Miraflores, em Caracas, milhares de apoiantes de Maduro concentraram-se para apoiar o líder.
No dia 13 de janeiro, Juan Guaidó foi detido pelos Serviços Secretos mas foi libertado pouco depois. O líder da Assembleia Nacional caminhava para uma reunião quando foi surpreendido pelos agentes comandados por Nicolás Maduro.