O Ministério Público espanhol apresentou esta segunda-feira acusações contra os principais membros do governo catalão e do parlamento regional.
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Carles Puidgemont e os principais responsáveis políticos do governo regional que foi destituído, tal como a mesa do parlamento regional, foram constituídos arguidos pelos crimes de sedição, rebelião e desvio de fundos, na sequência do referendo catalão de 1 de outubro e da declaração unilateral de independência de sexta-feira.
O procurador-geral do Estado espanhol, José Manuel Maza, anunciou que a acusação contra o presidente catalão destituído e o seu governo foi apresentada junto da Audiência Nacional, enquanto a acusação contra Carme Forcadell e os membros da mesa foi dirigida ao Supremo Tribunal.
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"A Procuradoria-Geral interpôs queixas por rebelião, sedição e desvio de fundos contra os principais políticos da Generalitat da Catalunha, que com as suas ações e atos ao longo dos últimos dois anos produziram uma crise institucional que culminou na declaração unilateral de independência com total desprezo à nossa Constituição no passado 27 de outubro", José Manuel Maza.
Os crimes são ainda imputados à mesa do parlamento da Catalunha pois, indica a Procuradoria-Geral, "com os seus acordos possibilitaram a tramitação dos processos essenciais para o desenvolvimento e culminação do processo independentista".
José Manuel Maza pediu também ao Tribunal Supremo que cesse as funções dos 23 membros da deputação permanente do parlamento regional da Catalunha, onde se incluem 11 independentistas, entre os quais a própria Carme Forcadell. Este órgão mantém os poderes do plenário até à formação do novo parlamento, após a realização de novas eleições, marcadas para 21 de dezembro.