May tem menos de um mês para convencer Parlamento e evitar queda do Governo. Is it enough?
Os deputados britânicos começam esta terça-feira a debater o acordo de saída do Reino Unido da UE. Theresa May continua confiante na aprovação do documento mas as contas estão complicadas.
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Depois de ano e meio de difíceis negociações com Bruxelas, é em casa que a primeira-ministra britânica, Theresa May, enfrentará a sua grande prova de fogo.
Ao longo de cinco dias, o Parlamento Britânico vai analisar ao detalhe o acordo que a primeira-ministra trouxe de Bruxelas.
Terça-feira, dia 11 de dezembro, o acordo vai a votos e tudo indica que será rejeitado. Theresa May terá os votos contra de praticamente toda a oposição, à qual se juntam dezenas de deputados do próprio Partido Conservador.
A confirmar-se a rejeição do acordo, Theresa May terá depois 21 dias para apresentar uma nova proposta.
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A cimeira europeia de 13 de dezembro pode bem ser aproveitada pela primeira-ministra para conseguir ligeiras alterações que vão ao encontro das pretensões dos opositores. O problema é que Bruxelas já disse, e repetiu, que a porta está fechada a qualquer alteração.
No início de janeiro, o acordo será votado pela segunda vez no Parlamento. Se for novamente rejeitado, o Governo não o poderá assinar.
Depois, é caso para dizer que tudo é possível, incluindo a saída da União Europeia sem acordo.
O Partido Trabalhista já disse que apresentará uma moção de censura ao Governo, que, sendo aprovada, torna quase garantida a queda do Governo de Theresa May. Há ainda muitos deputados conservadores que mantêm também a ameaça de destituir Theresa May do cargo de líder do partido e do Governo.
Eleições antecipadas e até um segundo referendo são também hipóteses fortes em cima da mesa.