
epa06804120 Italian Interior Minister Matteo Salvini delivers a speech about the rescue ship Aquarius at the Lower Chamber of the Italian Parliament, in Rome, Italy, 13 June 2018. Media reported that mayors from southern Italian cities as well as politicians from European countries and the UN have criticized Salvini's recent decicion to refuse a rescue ship with 629 migrants to dock in Italian ports and his following comments. Salvini, who is also the leader of the far-right 'League' party, was quoted as saying at a press conference: 'Victory. 629 migrants on board the ship Aquarius heading for Spain. First objective achieved' after the 'Aqarius' rescue vessel of the European maritime-humanitarian organization 'SOS Mediterranee' carrying some 630 migrants rescued in the Mediterranean off the Libyan coast was heading to Spain after both, Malta and Italy, had refused the ship to enter either country's ports. EPA/ETTORE FERRARI
Ettore Ferrari/EPA
O ministro do Interior italiano, Matteo Salvini, condenou veementemente, no sábado, "a arrogância" do Presidente francês, Emmanuel Macron, a menos de 24 horas de uma minicimeira europeia sobre as migrações que se prevê conturbada.
Referindo os números de migrantes chegados a Itália e o custo que tal representou para o país, Salvini, que é também o líder da Liga, partido de extrema-direita, disse estar espantado por esta situação não ser considerada um problema pelo "arrogante Presidente francês".
"Convidamo-lo a pôr fim aos insultos e a demonstrar a sua generosidade com factos, abrindo os numerosos portos franceses e parando de recambiar mulheres, crianças e homens para Vintimille", na fronteira entre França e Itália, declarou Salvini, citado pela sua porta-voz.
"Se a arrogância francesa pensa transformar a Itália em campo de refugiados de toda a Europa, talvez desembolsando alguns euros de gorjeta, está completamente enganada", concluiu.
A França e Espanha propuseram a criação de centros fechados na Europa para gerir os migrantes que desembarcam procedentes do Mediterrâneo.
Não é a primeira vez que Salvini ataca França e o Presidente francês, tendo igualmente condenado a sua "hipocrisia" após declarações críticas em relação ao Governo italiano por este se ter recusado a acolher o navio humanitário Aquarius.
Na sexta-feira, Salvini tinha atacado Macron depois de este ter condenado "a lepra nacionalista" que grassa na Europa.
"Talvez sejamos populistas leprosos, mas eu só recebo lições de quem abre os seus portos. Recebam milhares de migrantes e depois voltamos a falar", disse Salvini, dirigindo-se ao Presidente francês.