Fábio Schvartsman estava em Davos, na Suíça, aquando do acidente.
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Acabado de aterrar no Brasil, vindo da Suíça onde acompanhou a comitiva do presidente Jair Bolsonaro no fórum de Davos, o presidente da Vale falou sobre a tragédia num tom consternado, ao vivo no canal de notícias Globonews.
"O que eu quero dividir com vocês é a nossa consternação, o nosso profundo pesar pelo que aconteceu. Não existem palavras que possam explicar a dor que eu estou sentindo pelo que terá sido causado às vítimas, se elas existirem, porque nesse volume de coisas que acontecem certamente há vítimas", afirmou Fábio Schvartsman.
O executivo da mineradora disse ainda que "houve um significativo vazamento e certamente há pessoas atingidas. Nós não sabemos a extensão ainda, nós não sabemos a causa."
"Acabei de chegar da Suíça neste instante e, assim que o tempo abrir, eu vou pegar um avião e vou para o local para procurar ajudar no que eu puder. A nossa preocupação, a minha preocupação, da Vale como um todo, são as vítimas. Resgatar as pessoas, atender as pessoas, fazer tudo o que estiver ao alcance para tentar enfrentar essa situação inimaginável".
Deputada exige prisão dos responsáveis
A pressão sobre a Vale e sobre Schvartsman já se faz sentir no Parlamento. A deputada estadual Janaína Paschoal, a redatora do processo de impeachment de Dilma Rousseff, exigiu a prisão dos responsáveis da empresa, assim como Joice Hasselmann, a deputada federal mais votada da história do Brasil. Ambas são do PSL, o partido de Bolsonaro.
A barragem de resíduos de minérios controlada pela Vale, uma as maiores mineradoras do mundo, está construída no ribeirão Ferro-Carvão, na localidade de Córrego do Feijão, junto à cidade de Brumadinho, a 65 km do da capital de Minas Gerais, Belo Horizonte.
Foi construída em 1976 e tem um volume de 12,7 milhões de m³. A secretaria de Estado do Meio Ambiente garantiu que a barragem estava devidamente licenciada e com estabilidade garantida.