Rússia ordena expulsão de 50 diplomatas britânicos

"O Reino Unido tem de cortar mais de 50 diplomatas e assistentes técnicos na embaixada da Rússia e no consulado dentro de um mês", disse a porta-voz do ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Maria Zakharova, na sexta-feira, por telefone, citada pela Bloomberg.

Antes mesmo de conhecer os novos números, o Reino Unido considerou lamentável a decisão, mas também defendeu que tendo em conta o comportamento russo já estava à espera.

Ontem e já depois de Moscovo ter iniciado a vaga de expulsões, ao ordenar a saída de 60 diplomatas norte americanos, o ministro russo dos Negócio Estrangeiros chamou os embaixadores dos países que anunciaram expulsões na sequência do caso do envenenamento do antigo espião russo Sergei Skripal e da filha Yulia. Encontros que serviram para informar os 23 embaixadores das medidas de retaliação, na maioria expulsões, iguais em número às de diplomatas russos.

Os 60 diplomatas russos expulsos pelos Estados Unidos depois do envenenamento de um ex-agente duplo no Reino Unido, vão regressar hoje à Rússia, anunciou o embaixador russo em Washington Anatoli Antonov, citado pela agência estatal TASS.
No total, 171 pessoas vão deixar o país e o Governo russo disponibilizou dois aviões para o seu transporte, que fará uma breve escala em Nova Iorque para transportar 14 famílias, acrescentou.
Os Estados Unidos e os seus aliados anunciaram esta semana a expulsão de 150 diplomatas russos no quadro de uma represália concertada devido ao que ficou designado por caso Skripal, que se refere ao ex-espião duplo de origem russa Serguei Skripal, de 66 anos, e a sua filha Yulia, de 33 anos, que foram encontrados inconscientes em 04 de março em Salisbury, no sul de Inglaterra, após terem sido envenenados com um componente químico que ataca o sistema nervoso.

O Reino Unido atribuiu o envenenamento à Rússia, que tem desmentido todas as acusações e exigido provas concretas sobre esta alegação.