Três navios da Marinha ucraniana foram atacados por forças russas no mar de Azov. Três tripulantes ficaram feridos.
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A Rússia abriu fogo sobre a Marinha ucraniana e apreendeu três dos seus navios, junto à costa da Crimeia. Kiev acusa Moscovo de perseguição e, de acordo com BBC, pelo menos dois tripulantes ucranianos terão ficado feridos.
Durante as últimas horas, a tensão subiu entre ambos os países depois de aparentemente a Rússia ter bloqueado o acesso às embarcações ucranianas no Estreito de Krech, no mar de Azov.
O presidente ucraniano, Petro Poroshenko, convocou entretanto uma reunião urgente do "gabinete de guerra".
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Desde 2014, após a anexação da Crimeia por parte de Moscovo, que ambos os países vivem uma relação tensa. Segundo a Reuters, um tratado bilateral permite aos dois países o direito de usar o mar de Azov.
Em comunicado divulgado na manhã deste domingo, o ministério das Relações Exteriores da Ucrânia exigiu uma resposta clara da comunidade internacional ao incidente, acusando Moscovo de uso de força.
Governo propõe declarar lei marcial
Depois de ter reunido o "gabinete de guerra", o presidente ucraniano Petro Poroshenko anunciou que vai propor ao parlamento que seja declarada a lei marcial no país, dando o poder aos militares.
A lei marcial restringe as liberdades civis e dará maior poder às instituições militares e estatais. O presidente ucraniano apelidou ainda o ato da Rússia como "doido e provocatório".
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