Transgéneros, asiáticos e muçulmanos. A eleição mais diversificada da História da América
Democratas e republicanos vão a votos esta terça-feira para o Congresso dos Estados Unidos. Traçamos o perfil dos candidatos numa das eleições mais diversificadas de sempre.
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Com tantos lugares para preencher no Congresso e no Governo de vários Estados norte-americanos, a oferta é muita e há candidatos para todos os gostos. Esta é de longe a eleição mais diversificada da História norte-americana e os números explicam porquê.
Para começar, entre os candidatos há 270 mulheres, a maioria democrata, um número histórico na corrida ao Congresso. A imprensa norte-americana explica que a vitória de Donald Trump em 2016 e a derrota de Hillary Clinton motivaram uma maior participação das mulheres. Por outro lado, desde 2016 o ativismo feminino tem vindo a crescer: a Marcha das Mulheres e o movimento #MeToo são apenas alguns exemplos.
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A diversidade sexual também é notícia nestas eleições, com 26 candidatos homossexuais, bissexuais ou transgénero. Quanto à herança cultural há candidatos de várias latitudes como afro-americanos, hispânicos e asiáticos.
Se forem eleitos, estes candidatos podem fazer História: a Geórgia, por exemplo, pode vir a ter a primeira mulher negra como governadora, o Michigan e o Minnesota poderão passar a contar com duas muçulmanas no Congresso, e o Vermont poderá ter a primeira governadora transgénero do país.
Seja qual forem os resultados, os especialistas acreditam que esta diversidade é um espelho das minorias que pode lentamente ajudar a mudar a imagem do típico político americano.
*A TSF nas Eleições Intercalares dos EUA com o apoio da FLAD - Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento.