O Presidente dos Estados Unidos não reagiu bem a uma pergunta sobre a caravana de migrantes que se dirige para os EUA.
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Donald Trump acusou um jornalista da CNN de reportar notícias falsas, insultando-o e recusando-se a responder às suas perguntas numa conferência de imprensa. Horas depois, Jim Acosta perdeu com efeito imediato a acreditação de acesso à Casa Branca, anunciou o mesmo no Twitter.
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O jornalista terá sido banido da Casa Branca por ter tocado numa funcionária quando esta lhe tentava tirar o microfone da mão, durante a discussão com o Presidente dos EUA.
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A discussão começou quando Jim Acosta fez uma pergunta sobre a caravana que se aproxima dos EUA, questionando o Presidente dos Estados Unidos se, pelo facto de se referir ao caso como uma "invasão", não era uma "demonização" dos migrantes.
"Honestamente devia deixar-me comandar o país e administrar a CNN. Se fizesse isso bem, as vossas audiências seriam muito melhores", atirou Trump em resposta.
Acosta tentou depois colocar uma pergunta sobre a investigação à alegada influência russa nas eleições de 2016, mas Trump recusou-se a responder.
"Basta!", repetiu várias vezes o chefe de Estado norte-americano, assegurando que "não estava preocupado com nada" porque a investigação era "uma farsa". Depois, pediu a uma assistente que retirasse o microfone ao jornalista.
"A CNN deveria ter vergonha de tê-lo a trabalhar para eles. É uma pessoa mal-educada terrível. Não devia estar a trabalhar para a CNN."
Outro repórter, Peter Alexander, da NBC, saiu em defesa de Jim Acosta, garantindo que este era um profissional dedicado.
"Também não sou um grande fã seu", respondeu Trump, provocando risos na sala.
Mesmo sem microfone, Acosta continuou a tentar fazer perguntas. "Quando reporta notícias falsas, o que a CNN faz, e muito, é o inimigo do povo", acusou Trump.
[Notícia atualizada às 9h09 do dia 8 de novembro]