
É um vinho singular produzido em Portugal: um branco que junta duas regiões vinhateiras - Douro e Tejo - à imagem de um casamento. A história do Dote é um caso de amor, protagonizado por Parceiros Na Criação. Na vida e no vinho.
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O Dote é o primeiro branco - já há três tintos - a juntar em Portugal vinhos de duas regiões - Douro e Tejo -- numa só garrafa e um tributo ao casamento de Joana Pratas e de João Nápoles de Carvalho, unidos na vida e no vinho, graças a uma história de amor enquadrada pela Quinta de Monte Travesso, em Barcos (Tabuaço) no magnânimo cenário duriense.
A propriedade foi oferecida à avó paterna de João, como dote de casamento, continuou na posse da família e nela esta situada a Casa da Esteira, onde reside o casal e os filhos.
Em 2018, aquele produtor duriense idealizou um vinho especial que refletisse, na garrafa, o casamento entre o seu Douro e a região do Tejo, território de Joana.
A partir de uvas de Vinhas Velhas, de uma parcela da Vinha da Casa, plantada em 1977, na Quinta de Monte Travesso de Cima, e de Fernão Pires, da vinha de um primo de Joana, no Cartaxo, João Nápoles de Carvalho produziu o Dote branco.
O vinho, fermentado e estagiado em barricas de carvalho húngaro de 500 litros, apresenta, segundo o produtor, «cor amarelo palha, a lembrar vinhos mais velhos», revelando-se um branco «fresco e bastante aromático, mas intenso, com boa acidez e mineralidade. No nariz, revela flor de amendoeira, camomila, calcite e fósforo», sendo «evidente o casamento o entre vinhas de diferentes altitudes e castas, com a Fernão Pires a puxar pela madeira, que, embora persistente, está bem integrada.
À mesa, este branco acompanha bem peixes gordos (grelhados ou assados), bacalhau, comida asiática, caça e queijos intensos.
O Dote branco 2018 é o primeiro da marca de vinhos Parceiros Na Criação (PNC), nome da empresa fruto deste projeto familiar, que inclui outras referências de vinhos e azeite, e conta com a participação entusiástica dos filhos do casal, apesar da tenra idade de ambos.