Com 2024 mesmo à porta, importa começar a pensar na ementa de jantar do último dia de 2023 - um ritual especial em que dizemos adeus ao ano velho e damos as boas-vindas ao novo.
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Uma espécie de renascimento, que remonta ao passado e que é preconizado por S. Silvestre: o santo, que terá curado de uma grave doença o imperador romano Constantino, o Grande, entendia que devia ser dada oportunidade ao arrependimento dos erros e à esperança numa vida melhor.
É um objetivo para o último dia do ano de acordo com o calendário gregoriano.
Razões de sobra para o "deve & haver" do ano que finda e para a celebração, à mesa, dos 366 dias que aí vêm.
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Na ementa de um jantar especial, com traje a rigor, em ambiente mais requintado, o marisco é elemento preponderante: crustáceos - lagosta, santola, lavagante, camarão - e moluscos, em especial ostras e vieiras.
Para harmonização perfeita, um dos magníficos espumantes de produção nacional.
O passo seguinte tem a marca da tão rica, quanto diversificada, gastronomia portuguesa: na sequência da tradição natalícia, a preferência recai nos clássicos pratos de bacalhau, de polvo e do leitão assado. O reco é figura proeminente do manjar da noite de S. Silvestre e, em particular, do almoço de dia de Ano Novo, em que o cabrito assado divide as honras da ementa.
O peru recheado também puxa dos galões e tem lugar nas mesas onde a doçaria é farta e tentadora, exprimindo saberes e sabores conventuais e tradições populares, harmonizadas com um bom Vinho do Porto.
Pitéus saborosos e muita doçura para encarar com determinação as incertezas que, hoje, mais do que nunca, um novo ano traz.