Após um ano de interregno e de dois adiamentos já em 2021, consequência da pandemia, a Gala Vinhos do Tejo voltou a realizar-se em Tomar e distinguiu os melhores da região vitivinícola com uma área de 12.500 hectares de vinha, e que abrange 21 municípios: apenas um pertence ao distrito de Lisboa, os restantes ao de Santarém.
Corpo do artigo
Em fase de crescimento, comprovada pelas 195 amostras enviadas para prova, e de notoriedade, o concurso Vinhos do Tejo, promovido pela Comissão Vitivinícola Regional do Tejo (CVR Tejo) e pela Confraria Enófila Nossa Senhora do Tejo, registou assinalável melhoria de qualidade.
Este ano, foram associadas mais três iniciativas -- Tejo Academia; Tejo Anima e o Concurso de Fotografia Vinhos do Tejo -- que conferiram maior amplitude ao concurso.
O júri atribuiu o Prémio Excelência aos vinhos Casa Cadaval Riesling branco 2016 e Quinta do Casal Monteiro Grande Reserva tinto 2018, este último da autoria de Luís Santos, eleito Enólogo do Ano.
O galardão de 'Ouro' distinguiu 43 vinhos, entre os quais 11 brancos e 32 tintos, tendo os diplomas 'Prata' sido entregues a dez brancos e oito vinhos tintos.
Como já vem sendo tradição, foram eleitos os melhores brancos e rosés da colheita anterior: o 'Lagoalva Sauvignon Blanc 2020' destacou-se nos brancos e o 'Vale de Lobos 2020' nos rosés.
E, paralelo, decorreu a atribuição de outros prémios, correspondendo a seis categorias, sendo de destacar, pelo fator novidade, a instituição do Prémio Sustentabilidade, que foi conquistado pela Falua, o primeiro produtor a instalar painéis fotovoltaicos, de forma a minimizar o gasto de energia.
Os restantes premiados foram a Adega de Almeirim (Empresa Dinamismo); Casal Coelheira (Empresa Excelência); Luís Santos, responsável pelo departamento de enologia e viticultura da Quinta do Casal Monteiro (Enólogo do Ano), enquanto o Prémio Carreira foi entregue a Maria José Viana e a José Vidal pela forma veemente como têm defendido a região e os seus vinhos.
Gastronomia, turismo e fotografia também distinguidos
Em paralelo, procedeu-se à entrega de outras distinções, nomeadamente os prémios Tejo Academia, que substituíram os galardões Tejo Gourmet, cuja realização passou a ser bienal.
O objetivo desta nova iniciativa é formar e avaliar restaurantes da região, na comida e na relação com o vinho.
O título de Melhor Restaurante, premiado em cinco categorias, foi conquistado pelo restaurante Oh!Vargas, situado na Portela das Padeiras, em Santarém.
O diploma de Melhor Empratamento foi para o De'Gustar (Torres Novas); Aveiramariscos (Aveiras de Cima) arrecadou o título de Melhor Atendimento; a Melhor Harmonização coube à Casa Chef Victor Felisberto (Alferrarede, Abrantes); e o Manjar dos Templários (Madalena, Tomar) brilhou na Prova Teórica promovida pelos mentores desta iniciativa.
A iniciativa Tejo Anima, destinada a premiar o território e as suas valências de lazer e promovida pela Rota dos Vinhos do Tejo, teve como vencedores das seis categorias: Villa Nova Nautic & Nature Hostel (Alojamento); Ollem Turismo (Animação Turística); Quinta da Lapa (Enoturismo); EVOA - Espaço de Visitação e Observação de Aves, na Companhia das Lezírias, ((Natureza) e o Convento de Cristo, em Tomar, (Património e Oferta Cultural) e Festival Nacional de Gastronomia, em representação das tradições da região e a somar já 40 anos de vida.
No concurso de fotografia, Álvaro Rodrigues arrecadou o 1.º e o 3.º prémios, tendo Paula Pamies Teixeira conquistado o 2.º lugar.