Aliar a tradição à modernidade serviu de inspirador mote para recuperar o velho naperão e dar-lhe nova vida nos rótulos da mais recente gama de vinhos da Adega Cooperativa de Ponte da Barca e Arcos de Valdevez.
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A memória do tradicional naperão, quantas vezes fruto do trabalho paciente das avós, que levavam serões a fio a bordar ou a tricotar tal artefacto utilizado para cobrir pequenas mesas ou os braços dos sofás, foi reavivada, com um saudável e bem conseguido toque nostálgico, pela Adega Cooperativa de Ponte da Barca e Arcos de Valdevez.
Longe de ser protagonista de uma viagem ao passado, antes estimulando memórias e reavivando imagens de outros tempos, o naperão saiu da gaveta e passou a figurar nos rótulos das garrafas dos vinhos produzidos por aquela adega da região dos Vinhos Verdes, cujo portefólio apresenta sete brancos, entre eles os monocastas Alvarinho e Loureiro; três tintos; dois rosés e um espumante.
O vinhão, um vinho verde tinto particularmente apreciado e muito distinguido, é um desses produtos que refletem a alma de uma região e o novo posicionamento da adega em termos de mercado, com particular atenção ao setor da exportação, que abrange 32 países, da Ásia à América do Sul.
A origem conta - e muito - e a comprovar tal princípio, o vinhão reserva é macio, com uma acidez bastante equilibrada, com notas de compota e de fruta vermelha, destaca-se por um lado aromático particularmente intenso. É ideal para acompanhar pratos icónicos da gastronomia do Alto Minho: cozido à portuguesa, rojões e lampreia.
Outras harmonizações bem conseguidas são proporcionadas pelo Alvarinho e pelo rosé, ambos reserva, que se distinguem pelo caráter elegante e pela frescura, características cada vez mais apreciadas pelos consumidores.