A tradição manteve-se: em vésperas do dia de S. Martinho, a Quinta das Arcas antecipou-se uma vez mais e abriu o Primoris 2023, o primeiro vinho novo.
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Ano após ano o ritual repete-se na Quinta das Arcas, às portas de Valongo, onde o Primoris é lançado em ambiente de festa, ou não fosse o primeiro vinho novo a ser lançado.
É um vinho da casta vinhão, o tradicional verde tinto, elaborado com maceração carbónica, num rotor vinificador fechado, aproveitando o gás da fermentação. Sem ácido málico, tem a assinatura do dedicado enólogo Fernando Machado.
Apresenta cor exuberante, é agradável de beber, revela muita frescura e menor graduação alcoólica. Possui um perfil que reflete as características de um ano quente, fator atenuado pelo facto de a região dos Vinhos Verdes ser um território com muita quantidade de água.
A vindima teve início mais cedo do que é habitual e da melhor cuba, com 20 mil litros de capacidade, encheram-se 15 mil garrafas de Primoris.
A Quinta das Arcas possui a vinha mais perto da cidade do Porto. Está integrada na região dos Vinhos Verdes e produz dois milhões de garrafas, das quais 80 mil são de vinhão das marcas Arca Nova e Conde de Villar.
Passear de comboio através das vinhas
O enoturismo da empresa familiar liderada por António Monteiro, que possui a Herdade do Penedo Gordo, no concelho alentejano de Borba, e representa 700 mil garrafas por ano, conta com um novo atrativo: o comboio, muito confortável, que circula pelos vinhedos.
Há três percursos delineados, que terminam com uma prova de vinhos, a exemplo do que sucede com os passeios de jipe e as caminhadas.
De acordo com a dimensão dos grupos é possível incluir um almoço regional no programa de visita e experiência na Quinta das Arcas, que produziu o primeiro vinhão biológico, reflexo do trabalho de inovação e dos investimentos feitos na Quinta das Arcas.