A vila de Murça afirma-se cada vez mais como a capital dos vinhos brancos do Douro, epíteto que dá o mote, pelo 2.º ano consecutivo, a uma Festa na Praça com programa alargado
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O sucesso alcançado o ano passado com a realização da Festa Vinhos Brancos na Praça ditou nova edição do evento, em versão alargada, ou seja, com a duração de três dias: de 31 de maio a 2 de junho.
O programa inclui um relevante aliciante histórico: a comemoração dos 800 anos da atribuição por D. Sancho II do primeiro foral à vila.
O centro da vila vai ser o ponto fulcral de um fim de semana ao longo do qual o concelho duriense tornar-se-á, de novo, montra privilegiada dos vinhos brancos do Douro de grande qualidade, graças à presença de renomados produtores da região.
A população local e os visitantes poderão desfrutar de diversos eventos culturais e comprar excelentes vinhos a preço de produtor.
A localização em altitude, a natureza dos solos e a longa tradição no cultivo de variedades de uvas brancas fazem deste concelho um caso singular no panorama regional, o que tem gerado crescente interesse por parte das principais casas produtoras do Douro.
Desde a pioneira Ramos Pinto até à mais recente -- Casa Santos Lima -- passando pela Symington, Niepoort, Wine and Soul, Van Zellers and Co, Quinta Vale Dona Maria, Lua Cheia em Vinhas
Velhas e Costa Boal Family Estates, são muitas as empresas que se abastecem de uvas em Murça para produzir alguns dos seus melhores vinhos brancos, desde fortificados a tranquilos.
Os renomados Coche (Niepoort), Guru (Wine and Soul), CV-Curriculum Vitae (Van Zellers), Vinha de Martim (Quinta Vale D. Maria) ou Quinta de Porrais (Casa Santos Lima) têm origem neste concelho, onde pontificam vários produtores locais: Caves de Murça; Quinta de Porrais (Casa Santos Lima), Águia Moura; Monte de S. Sebastião; Casa Agrícola Borges; Casa Boal; Bichoso Winemakers; Quinta do Cabeceiro; João Bessa e Casa Castro Malheiro.
Prova comentadas
Estes e outros vinhos de referência vão estar em destaque nas duas provas, ambas no dia 1 de junho, comentadas e coordenadas por dois jornalistas e críticos: João Paulo Martins (Expresso e revista Grandes Escolhas) e Pedro Garcias (Público).
«Os vinhos brancos estão na moda e a nossa região está bastante à frente. Há uma crescente tendência para consumir vinhos mais frescos, mais leves e menos alcoólicos. Os vinhos com origem em Murça têm frescura, equilíbrio, elegância e alma», sublinha Mário Artur Lopes, presidente do município de Murça.
Produtos locais e gastronomia em destaque
Uma das apostas desta feira e mostra é a associação dos vinhos à gastronomia regional, através da presença de vários restaurantes locais, de produtores de azeite, bem como de enchidos, queijos e das verdadeiras especialidades da doçaria local: toucinho do céu e queijadas de chila (ou gila).
A harmonização vínica com a comida local vai ser, aliás, o tema da prova que João Paulo Martins e Pedro Garcias vão coordenar logo na abertura da festa (dia 31, às 19h00 horas).
A Cooperativa Agrícola dos Olivicultores de Murça também realizará uma prova sensorial dos vários perfis de azeite com diversos produtos da gastronomia.
Todas as provas são de acesso gratuito e têm lugares limitados; no entanto, a inscrição antecipada é obrigatória, através do e-mail greengrape@greengrape.pt.
Durante toda a festa haverá animação e música com o DJ Sax e violinistas, estando ainda previstos concertos de música tradicional. O objetivo da autarquia é apostar em novos valores da música com ligação à região, como é o caso do grupo Ar de Fado.
