Brasília, 01 jul 2019 (Lusa) - A balança comercial brasileira registou um excedente de 27.130 milhões de dólares (24.000 milhões de euros) no primeiro semestre do ano, uma quebra de 9,6% face ao período homólogo de 2018, foi hoje divulgado.
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No entanto, segundo os dados divulgados pelo Ministério da Economia, este é o terceiro melhor saldo da série histórica iniciada em 1989, para um primeiro semestre, ficando apenas atrás dos seis primeiros meses de 2018, quando obteve superavit (excedente) de 30.020 milhões de dólares (26.500 milhões de euros) e de 2017, com 36.210 milhões de dólares (32.000 milhões de euros).
Segundo a pasta da Economia, as exportações nesse período somaram 110,9 mil milhões de dólares (cerca de 98 mil milhões de euros), representando uma queda de 1,8% em relação ao mesmo período do ano passado pela média diária.
Em relação às importações, estas totalizaram 83.770 milhões de dólares (74.200 milhões de euros), valor semelhante ao assinalado nos seis primeiros meses de 2018.
Tendo em conta apenas o mês de junho, a balança comercial brasileira encerrou esse período com superavit de 5,01 mil milhões de dólares (4,44 mil milhões de euros), um resultado 13,3% menor do que o registado no mesmo mês de 2018.
O secretário de Comércio Exterior do Ministério da Economia, Lucas Ferraz, afirmou hoje que a expectativa para o comércio internacional brasileiro "é conservadora", com base no cenário da economia global para este ano.
"A nossa expectativa para o saldo da balança comercial neste ano é conservadora. A economia global tem retração e nós sofremos como consequência disso", avaliou o secretário, citado pela imprensa local.
Porém, o Ministério da Economia alterou a sua projeção para o resultado da balança comercial em 2019, para um saldo superior ao inicialmente previsto.
Segundo o subsecretário de Inteligência e Estatísticas de Comércio Exterior do Brasil, Herlon Alves Brandão, a projeção é que o saldo fique em 56,7 mil milhões de dólares, face aos 50 mil milhões de dólares divulgados anteriormente.