Brasília, 01 jul 2019 (Lusa) - A justiça brasileira determinou hoje a libertação do assessor e de dois ex-funcionários do ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, que estavam presos desde a passada quinta-feira por suspeita de fraude eleitoral, avança a imprensa local.
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O juiz Renan Machado, da 26.ª Zona Eleitoral de Belo Horizonte, decidiu não renovar a detenção dos três suspeitos, que era válida por cinco dias, determinando assim a sua libertação.
Estavam presos Mateus Von Rondon, assessor especial e braço direito do atual ministro Marcelo Álvaro Antônio, e Roberto Soares e Haissander de Paula, ex-assessores e coordenadores da campanha do político em Minas Gerais.
A residência dos suspeitos foi alvo de buscas e apreensões por parte da polícia federal, no seguimento da Operação denominada 'Sufrágio Ostentação'.
Desde fevereiro, a polícia investiga um suposto esquema de 'candidaturas-fantasma' do Partido Social Liberal (PSL, do Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro), que alegadamente terá sido organizado pelo atual responsável pela pasta do Turismo, no estado de Minas Gerais.
Os investigadores encontraram indícios de fraude em candidaturas de mulheres lançadas no estado de Minas Gerais nas eleições de 2018, que terão recebido um volume considerável de dinheiro, mas tiveram poucos votos.
A suspeita é que as mulheres não fizeram campanha e em troca de uma percentagem combinaram a devolução de parte destes recursos ao PSL.
De acordo com a imprensa brasileira, a Polícia Federal indiciou hoje os três suspeitos e ainda quatro candidatas do PSL de Minas Gerais por suspeita de participação nesses esquema, com o intuito de desviar verbas públicas para a candidatura.
Os suspeitos foram indiciados pelos crimes de falsidade ideológica eleitoral, apropriação indébita de recurso eleitoral e associação criminosa, que podem implicar penas de prisão de cinco, seis e três anos, respetivamente.
Segundo a imprensa, o número de implicados no caso poderá ser maior, visto que este se encontra sob sigilo.