Tondela, Viseu, 02 jul 2019 (Lusa) -- A 29.ª edição do Tom de Festa apresenta, pela primeira vez, um palco coreto com concertos "de pequeno formato" e que abrem a noite do festival que apresenta música de sete países de três continentes, revelou hoje a organização.
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"Este ano temos um novo palco no jardim, que é um coreto que vamos montar, para concertos de pequeno formato, mas com músicos de grande qualidade, e estes espetáculos decorrem sempre entre as 21:00 e as 21:45", explicou a coordenadora da programação da Associação Cultural e Recreativa de Tondela (Acert), Ilda Teixeira.
A este palco sobem os Curimim Oxibah, dois artistas multi-instrumentistas do Brasil, "com uma linguagem inovadora, que farão viajar do jazz ao samba" e, de Portugal, marcam presença Rodrik, um "aficionado pela sonoridade de vários instrumentos exóticos", e Márcio Pinto, que "é a vertente mais alternativa" do Tom de Festa.
Ilda Teixeira fez uma apresentação minuciosa da 29.ª edição do festival que decorre entre 17 e 20 de julho, e conta com músicos da Argélia, Brasil, Croácia, França, Irlanda, Moçambique e Portugal. Do Japão (mas a viver em Berlim), chega Yukihiro Taguchi, com uma instalação artística para o festival.
O dia de abertura conta com a segunda edição do Tom de Filmes. A programação inclui assim 180 músicos locais que sobem ao palco para reproduzirem "bandas sonoras de filmes bem conhecidos do público", e apresentarão "novas melodias e arranjos, numa massa sonora grandiosa".
Num dia dedicado à região, a noite termina com os Cão Danado, uma banda com elementos de Tondela e Viseu, e uma das vencedores do concurso de músicas --- Novos Tons na Acert, em junho --, que tem "diversas influências" musicais, nasceram como uma banda de 'covers' e evoluíram para a sua "própria estética".
"A música e a irreverência de um cantautor como o B Fachada, dispensa apresentações" do artista que se apresenta no segundo dia, defendeu a responsável, que anunciou também a presença, neste dia 18, de Nação Vira Lata, uma banda de Lisboa.
As noites de sexta-feira e de sábado, ficam reservados para os músicos internacionais com a presença de Branko Galóic Quartet, que tem no seu seio o guitarrista português Francisco Cordovil, radicado em França, à semelhança de Branko que é natural da Croácia.
A noite termina com os Led Farmers, um grupo de folk rock da Irlanda, "com raízes bem vincadas na música tradicional irlandesa, mas onde se denota um grande trabalho de renovação e fusão".
O último dia de festival conta com a presença da moçambicana Selma Uamusse, que, no entender de Ilda Teixeira, "é dona de uma poderosíssima voz", que "promete fazer 'grandes estragos'" num concerto que antecede a banda argelina Tiwiza.
Os Tiwiza, "cujo nome da banda significa solidariedade", são "muito comprometidos com as questões políticas de liberdade e sobrevivência do seu povo, Amazigh, um povo berbere", explicou a responsável que lembrou que, a par da música, há instalações, animação e artes circenses e visuais.
"Este continua a ser, também, o espaço para o encontro de culturas e de ideias, um espaço de artistas de várias geografias com distintos percursos e vivências, um espaço de excelência para famílias, onde os pais podem usufruir da música e da festa sabendo que os seus filhos estão em segurança", rematou Ilda Teixeira.