Vila Nova de Gaia, Porto, 02 jul 2019 (Lusa) -- Os trabalhadores da empresa de plásticos técnicos Alfatubo, em Vila Nova de Gaia, cumprem hoje o segundo e último dia de uma greve que visa exigir a revisão das categorias profissionais dos funcionários, disse fonte sindical.
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Em declarações à agência Lusa, o secretário-geral do Sindicato das Indústrias e Afins (SINDEQ), Osvaldo Pinho, afirmou, sem precisar números, que "a greve de 48 horas está a paralisar o funcionamento da empresa", registando "uma adesão muito elevada" num universo que "ronda os 100 trabalhadores".
A agência Lusa contactou por telefone e por e-mail a ALFATUBO, localizada em Serzedo, freguesia do concelho de Vila Nova de Gaia, no distrito do Porto, que referiu não ter disponível nenhum responsável para esclarecer ou responder à situação.
Segundo o SINDEQ, os trabalhadores reivindicam a revisão das categorias profissionais implementadas pela empresa, o que, na prática, corresponderá a revisões salariais.
"As pessoas estão descontentes com a forma como foi aplicado o contrato coletivo de trabalho porque atribuíram categorias profissionais que não correspondem às funções dos trabalhadores. Já foi feita uma proposta de revisão à empresa há mais de um mês, mas sem resposta", disse, acrescentando que esta situação cria "remunerações injustas".
Já em comunicado, o SINDEQ fala em "inexistência de diálogo credível por parte da empresa com o dirigente e delegado sindical para resolver questões importantes" e enumera aspetos como "reclassificação de categorias profissionais, falta de formação profissional obrigatória ou o seu pagamento", bem como "higiene e segurança no trabalho e regularização de créditos já vencidos".
"O SINDEQ comunica que já deram entrada processos de trabalhadores contra a ALFATURBO no Tribunal e Ministério do Trabalho", conclui o comunicado do sindicato.
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