Ainda não é momento para ser candidato a primeiro-ministro, diz Portas
Em entrevista à RTP, Portas explicou que as eleições de 5 de Junho «são disputadas em circunstâncias excepcionais» e que, por isso, vai «pedir às pessoas um voto excepcional».
Corpo do artigo
O líder do CDS-PP considera que ainda não é chegado o momento para se apresentar como candidato a primeiro-ministro, uma vez que precisa de sentir um apoio mais alargado da sociedade portuguesa.
«Só direi que sou candidato a primeiro-ministro quando entender que esse gesto da minha parte é considerado natural e necessário por uma parte considerável dos portugueses», acrescentou, numa entrevista que concedeu à RTP.
Portas lembrou, contudo, que «há pessoas que mo pediram, há pessoas na sociedade portuguesa que o mencionaram e eu estou a preparar-me para isso».
Sobre as legislativas de 5 de Junho, Portas considerou que estas «são disputadas em circunstâncias excepcionais» e que, por isso, vai «pedir às pessoas um voto excepcional» numa altura em que entende que o seu partido não deve ser «muleta» ou «subalterno» no próximo governo.
«Entendo que Portugal precisa de um bom Governo, forte e que tem um apoio maioritário no Parlamento. Portugal precisa de um Governo de mudança, porque como estamos não podemos ficar. Essa mudança é tanto mais forte e tanto maior quanto mais longe for o CDS», sublinhou.
Questionado sobre uma eventual privatização da Caixa Geral de Depósitos, Portas frisou que «se não houver crédito para as PME, se não houver um apoio na exportação às PME que têm um potencial enorme nessa matéria, é evidente que não conseguimos recuperar a economia».
«Nem estou de acordo com o que o PS fez da Caixa, ou seja, o carro vassoura do BPN e do BPP à custa do contribuinte, nem estou de acordo com a sua privatização», explicou Portas, que frisou que a CGD é «importante como banco de fomento das PME».