Em Ourém, Sócrates voltou ao tema das Novas Oportunidades e António Serrano, cabeça-de-lista por Santarém, disse que Passos «vê todos os dias os seus militantes e amigos saírem da sua volta».
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No dia em que o semanário Expresso conta que o Ministério do Ensino Superior vai mudar as regras de acesso para que a entrada de um candidato das Novas Oportunidades não retire o lugar a um aluno que fez o percurso no ensino regular, José Sócrates recuperou o tema que esteve em polémica na passada semana com o líder do PSD.
Num almoço em Ourém, que definiu como de «arranque oficial da campanha» rumo às eleições legislativas de 5 de Junho, o secretário-geral do PS afirmou que «esse programa público fez 500 mil pessoas mais felizes».
Por isso, é para defender, tal como é para defender o Serviço Nacional de Saúde (SNS), a escola pública e o direito a não ser despedido sem justa causa.
«Não é apenas património dos socialistas é também dos socialistas e sociais-democratas europeus, dos democratas-cristãos europeus, da doutrina social da igreja porque foram estas correntes que criaram este consenso», declarou.
Dupla piscadela de olho: à esquerda e à direita, a aplaudir estava Basílio Horta, ex-CDS, cabeça-de-lista por Leiria, e António Serrano, o primeiro por Santarém, que subiu ao palco para acusar Passos Coelho de solidão e inexperiência.
«Não podemos confiar o voto a quem não tem experiência, a quem confessa que não tem experiência, a quem não tem equipa e que vê todos os dias os seus militantes e amigos saírem da sua volta. Todos saem, uns vão para o Brasil, outros não querem participar no projecto de Passos Coelho», criticou António Serrano.
Antes já o presidente da Câmara de Ourém e da distrital tinha dito que Passos «veio do nada e vai para o nada»