O candidato do PS à Assembleia Municipal do Porto pediu o voto em Manuel Pizarro, mesmo que isso implique não votarem em si próprio. O importante é a convergência de votos da esquerda no candidato socialista à câmara.
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Assis explicou que aqueles que «querem votar noutros partidos de esquerda» podem fazê-lo nas listas para a Assembleia Municipal.
Mas, disse o deputado socialista, é necessária «uma grande convergência» na lista para a Câmara Municipal, devido ao sistema eleitoral. Assis lembrou que será presidente da câmara aquele que tiver mais um voto.
Francisco Assis defendeu a tese de que «a direita» chega dividida às eleições autárquicas com «duas candidaturas: as de Luís Filipe Menezes e a de Rui Moreira».
«Nestas eleições, a candidatura do PS terá dois adversários», concluiu, numa intervenção em que também elogiou a atuação do secretário-geral socialista, António José Seguro.
«Talvez o PS estivesse mais à frente nas sondagens se António José Seguro fizesse promessas demagógicas. Mas o primeiro passo para desiludir os cidadãos é fazer-se propostos enganosas, como foi o caso do atual primeiro-ministro«, declarou Assis, já depois de José Luís Carneiro ter pedido um voto de penalização do atual executivo PSD/CDS nas eleições autárquicas.
Na sua intervenção, Manuel Pizarro prometeu ter uma atuação virada para a resolução dos problemas concretos das pessoas e, tal como defendera no final da arruada na rua de Santa Catarina, na quinta-feira passada, sustentou que o resultado de dia 29, na segunda cidade do país, terá uma leitura nacional.
«Nestas eleições está em causa o Porto, mas também o país. Os portugueses não aguentam mais esta governação. Com a vitória do PS no Porto vai começar a mudança nacional», disse o candidato socialista.