Autárquicas: PS rejeita acusações de responsabilidade na limitação de mandatos
Ouvido pela TSF, o secretário nacional do PS lembra que a lei é da responsabilidade do Governo CDS/PSD, e que o PS decidiu politicamente não apresentar candidatos com mais de 3 mandatos.
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O PS rejeitou, este sábado, as acusações do PSD em como é responsável pela confusão criada em torno das candidaturas autárquicas.
Fernando Seara endureceu hoje o discurso contra o PS em relação à polémica da limitação dos mandatos, responsabilizando os socialistas por terem recusado aclarar a lei em tempo útil.
O candidato do PSD à Câmara de Lisboa, Fernando Seara, discursava na sessão de encerramento da convenção autárquica do PSD, onde falou da polémica em torno da limitação dos mandatos e considerou ser «tempo de dizer sem medo que esta história tem uma origem» e «responsáveis diretos», que «não está no legislador ordinário, está sim na recusa afirmada e reafirmada do PS em aclarar as dúvidas que podia suscitar».
Na resposta, o secretário nacional do PS, Miguel Laranjeiro, diz que se houve confusão, ela foi criada pelo Governo do PSD.
Ouvido pela TSF, Laranjeiro lembrou que a posição do PS sobre esta questão sempre foi muito clara: «Não tivemos nenhum candidato com mais de 3 mandatos a correr a um conselho vizinho. Não foi uma decisão judicial, foi uma decisão política por parte do PS».
«São declarações feitas numa convecção autárquica. Percebemos que tenha de haver alguma animação para quem lá está presente mas rejeitamos e devolvemos essa acusação. A responsabilidade é do Governo e da maioria CDS/PSD», adaintou Laranjeiro referindo-se às declarações de Fernando Seara.
Questionado sobre a decisão do Tribunal Constitucional relativamente a candidaturas de presidentes da junta com três mandatos a uniões de freguesias, Miguel Larajeiro diz que «esta confusão e todo este imbróglio resulta inicialmente daquilo que foi uma lei feita nas costas das populações e das autarquias, uma lei de Miguel Relvas que foi seguida pelo primeiro-ministro Passos Coelho».
«Não comentamos as decisões judiciais respeitantes. Seguimos esta deliberação com naturalidade não havendo nenhuma perturbação sequer na campanha eleitoral», adiantou.