
Paulo Portas com Francisco Louçã
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Os líderes do BE e do CDS-PP centraram o debate desta quinta-feira, na SIC, na participação da oposição nas conversas com os responsáveis pela ajuda externa a Portugal.
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Enquanto o CDS-PP decidiu, tal como o PSD, participar nas negociações do Governo com a "troika", o BE, a par do PCP, recusou entrar na discussão.
«Temos que pedir dinheiro para sobreviver, vamos ou não conversar com quem nos pode emprestar dinheiro? Eu decidi ir, podia ter ficado comodamente na sede do meu partido», afirmou Paulo Portas.
Na resposta, Francisco Louçã ironizou que o líder do CDS-PP pode colocar-se «na situação do salvador do país».
«Portugal tinha uma situação muito difícil e eu falo com o Governo do meu pais, reconheço a democracia do meu país, não estou a viver num protectorado», justificou o bloquista.
Portas retorquiu que também falou com o Governo que é quem negocia com a "troika". «Convidado a dizer o que pensava, eu não fiquei quieto. Quando o meu píis está a beira de uma declaração de insolvência não fico quieto», reforçou.
Louçã acusou ainda Paulo Portas de mostrar «muito pouco respeito pelos adversários». «Colocar-se na situação de que alguém ficou quieto é um insulto e fica-lhe muito mal», comentou.
No fim do debate, depois de se dirigir aos jovens, Paulo Portas fez um apelo muito claro ao voto, apresentando o CDS-PP como o «factor novo» nestas eleições: «Não fiquem com os dois de sempre, um porque nos trouxe até aqui e o outro porque não soube merecer».