A palavra medo voltou esta quarta-feira à campanha do PSD, depois de Passos Coelho ter ouvido dúvidas e pedidos de ajuda durante uma hora em que percorreu uma rua em Seia.
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Já em Gouveia, o líder do maior partido da oposição reforçou que foi «difundida uma mensagem de medo em Portugal». «Esta é a coisa mais desonesta que vi desde que me lembro da política, desde os meus 14 anos», acrescentou.
«Isso obriga-me infelizmente a perder uma parte do meu tempo a dizer às pessoas que isso é mentira e que só pode alguém muito desesperado e agarrado ao poder prejudicar as pessoas» ao falar de medo e ao dizer que podem ficar pior se «por ventura se quiserem livrar daqueles que fizeram o mal», afirmou.
Passos Coelho fez saber que não está a contabilizar as vezes em que o PS faz discursos de vencedor e que também não perde o sono por causa das sondagens, até porque não é de «cantar vitória» antes do tempo.
O presidente social-democrata frisou que, durante a campanha, prefere explicar «porque é que uma alternativa é precisa».
No final de uma visita a uma fábrica de metalomecânica, Pedro Passos Coelho comentou o facto de Paulo Portas ter solicitado uma reunião com o presidente da autarquia do Porto, o social-democrata Rui Rio, que ainda não se juntou à campanha do PSD.
Para Passos Coelho, esse encontro é «natural», uma vez que Rui Rio «preside a uma coligação entre o PSD e CDS no Porto».
Disse ainda que em breve estará com o presidente da Câmara do Porto. Para já, esta quarta-feira almoça com António Capucho e janta com Marques Mendes.
Passos diz já não ter «paciência» para «trocadilhos» de Sócrates
O líder do PSD foi também questionado sobre as declarações do primeiro-ministro, que defendeu a redução da Taxa Social Única (TSU) com a redução da despesa do Estado e não com o aumento dos impostos.
«Eu julgo que já ninguém tem paciência, eu não tenho pelo menos, para ser sincero, para estar a responder a esses trocadilhos do engenheiro José Sócrates», afirmou.
Passos Coelho recordou que foi o próprio primeiro-ministro que se comprometeu com a "troika" a fazer «uma redução significativa» da TSU de modo a aumentar a competitividade de Portugal e criar emprego.
«Ele que assinou esse acordo, eu apoiei esse acordo, mas ele assinou esse acordo e ainda não foram as eleições e ele já está a dizer que afinal não é uma baixa significativa, não é um objectivo importante, é uma coisa para ter cuidado, devagarinho», comentou.