Jerónimo de Sousa acusou os partidos que assinaram o acordo sobre a ajuda externa de «esconderem tanto que até assinaram um memorando cá e entregaram outro para pior em Bruxelas».
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O líder do PCP considerou que os partidos responsáveis pelo acordo sobre a ajuda externa tentaram esconderam os pormenores deste documento ao assinaram um texto em Lisboa e outro em Bruxelas.
Num comício da CDU no mercado municipal de Faro, Jerónimo de Sousa explicou que estes partidos «escondem tanto que até assinaram um memorando cá e entregaram outro com diferenças para pior em Bruxelas».
«Sobre a facilitação e embaratecimento dos despedimentos aí estão eles com tanta pressa que até alteraram os prazos faltando saber como é que querem aprovar nos prazos que lá estão escritos praticamente antes de Governo tomar posse e de discutir na Assembleia da República o seu programa», lembrou.
Jerónimo de Sousa não teve dúvidas em dizer que houve «tanta pressa para tramar os trabalhadores e os seus direitos e para despedir mais facilmente e mais barato». «Esta é a marca de classe desta troika estrangeira e desta troika nacional», frisou.
Um dia após os confrontos entre manifestantes e apoiantes do PS em Faro, o líder comunista lembrou que as «portagens são tanto mais injustas quando se sabe que os governos deixaram de investir nas estradas nacionais e no caminho-de-ferro para o Algarve».
«É duplamente injusto quando vemos o Governo a meter no bolso das empresas concessionárias das SCUT, nas crescentes renegociações dos contratos, mais de dez milhões de euros», concluiu.