Algumas críticas do secretário geral do PCP ao PSD, CDS, PS e Presidente da República quase faziam faísca. A sala no Barreiro estava cheia, no discurso mais duro da campanha.
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Jerónimo de Sousa fechou o discurso com uma expressão que resume bem o que se passou no Barreiro: «fogo à peça, camaradas!».
Não houve fogo, mas algumas críticas quase faziam faísca. Jerónimo deu-se ao trabalho de apontar o dedo a todos, protagonistas e sectores.
PSD, CDS, PS e Presidente da República; Saúde, educação e pensões.
Ouviram-se expressões duras, como farsa, extorsão, vergonha ou terrorismo social.
O governo foi quem mais ficou com as orelhas a arder.
O governo e quem agora está na oposição. Para Jerónimo, o chapéu das culpas pela situação do país tem de ter aba larga, por isso deixou o alerta: há por aí muita gente, neste tempo de eleições, a vender ilusões.
Jerónimo é que não se quis esquecer de ninguém e foi buscar José Sócrates para o discurso.
Só a renegociação da dívida, dos prazos, dos juros, e dos montantes, é solução, defendeu Jerónimo de Sousa, que apelou novamente a eleições antecipadas e denunciou que o Governo se prepara para, no próximo Orçamento de Estado, cortar 200 milhões de euros na saúde.