As recomendações de Mário Soares sobre alianças pós-eleitorais voltaram a marcar a campanha, com Jerónimo de Sousa a acusar o histórico do PS de ser responsável por más políticas.
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À margem de uma arruada em Algés, o secretário-geral do PCP voltou a questionar as opções do líder histórico do PS, Mário Soares, sobre alianças pós-eleitorais do PS com partidos de direita.
«Ultimamente temos vindo a confirmar o que sabemos do doutor Mário Soares, que aliás foi um dos responsáveis pela existência de um Bloco Central, de uma coligação PSD/PS. Portanto nem sequer é novidade», referiu.
Não desvalorizando o seu passado anti-facista, Jerónimo de Sousa sublinhou que depois de Abril, Mário Soares foi responsável por más políticas que marcaram o país.
«Se hoje existem situações graves e más no nosso país, Mário Soares deu a sua contribuição. Lembro, por exemplo, em relação à legislação laboral e à precariedade, foi Mário Soares que abriu a primeira fenda com os contratos a prazo, que assumiu o corte do 13º mês com o FMI e que com uma política anti-social e anti-laboral levou a muitos dramas no nosso país», destacou Jerónimo de Sousa.