Depois das televisões terem dito que não fazem a cobertura da campanha eleitoral, o Observatório de Impresa considera que as televisões deviam tomar uma posição diferente.
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Joaquim Vieira, presidente do Observatório de Imprensa, em declarações à TSF, critica a interpretação que a Comissão Nacional de Eleições (CNE) faz da lei, mas considera que as televisões deviam tomar uma posição diferente, de desafio à própria CNE.
Joaquim Vieira sublinha que «o normativo que a CNE impõe é absurdo, porque impossível de cumprir», mas sublinha «que esta posição das televisões não lhe parece a mais adequada porque limita o direito dos cidadãos à informação».
«A lei não foi alterada e há uma prática que é seguida há décadas. As televisões, sobretudo privadas, deviam continuar a fazer o tipo de cobertura que faziam e deviam desafiar a CNE (...), sei que é arriscado tem custos complicados, mas era uma forma de defender a maneira correta de informar os cidadãos», acrescenta.
A TSF ouviu também o professor universitário e politólogo Carlos Jalali que encara este caso como um «braço de ferro» entre as televisões e a CNE.