PCTP/MRPP só participa em debates televisivos com os 5 maiores partidos
Garcia Pereira quer igualdade de tratamento, com debates em directo e com a mesma duração dos já transmitidos.
Corpo do artigo
O PCTP/MRPP só vai participar em debates televisivos que sejam realizados em igualdade de circunstâncias com os que já foram transmitidos, com os cinco partidos parlamentares, em directo, e com a mesma duração, afirmou hoje Garcia Pereira.
O partido «reclama e reivindica e o direito a debater em pé de igualdade, em particular com os 5 partidos parlamentares» afirmou o cabeça de lista por Lisboa, após uma visita a um infantário.
Garcia Pereira, que não compareceu às gravações dos debates televisivos com os partidos que se disponibilizaram a cumprir a sentença do Tribunal de Oeiras, acusou as 3 televisões generalistas de «tentarem sabotar a decisão judicial».
Na sequência da decisão judicial, as televisões propuseram debates gravados «com início entre as 20h45 e as 21h00, nos dias 31 de Maio e 01 e 02 de Junho, tendo uma duração de 20 minutos cada, sensivelmente». No entanto, o líder do PCTP-MRPP não compareceu a qualquer das gravações marcadas.
«O que as televisões fizeram foi um serviço aos partidos do parlamento, e nunca esperaram que esse serviço pudesse ser declarado ilegal», acusou.
Garcia Pereira considerou que desde que a decisão do tribunal de Oeiras foi tomada, «tem havido uma tentativa de descredibilização», mas admitiu que é «honra para o PCTP/MRPP ser atacado por órgãos de comunicação social que se portam como se tem portado as três televisões».
O dirigente do PCPTP-MRPP acrescentou que as televisões pretendiam «debates gravados com menos de metade do tempo, excluindo os partidos que já debateram, e reservando-se o direito de emitirem os programas pela ordem que entendessem».
A 4 dias das eleições, Garcia Pereira considerou que ainda era possível realizar os debates, mas afirmou que esse é um problema das televisões, porque «quem faz o mal não pode fazer a caramunha».
O cabeça de lista do PCTP/MRPP admitiu recorrer, de novo, aos tribunais, mas disse que essa é apenas uma das 'armas': «A frente jurídica é uma apenas uma das frentes do combate. O essencial faz-se nas ruas e no contacto directo com os cidadãos».