Paulo Portas entende que os «Governos não se fazem na praça pública», daí ter pedido «recato e contenção» nas conversações entre PSD e CDS para a formação de um novo Governo.
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O líder do CDS-PP pediu «contenção e recato» na formação do próximo Executivo, pois os «Governos não se fazem na praça pública».
Para Paulo Portas, «a boa maneira de conversações entre dois partidos correrem bem é ter recato, contenção e dar apenas a informação que seja necessária e quando esteja operacional».
«Estamos no dia seguinte à eleição. Quando houve o início dessas negociações creio que será público», concluiu.
O presidente dos democratas-cristãos lembrou ainda que o seu partido defende «prazos mais curtos» para a tomada de posse do Governo, que o partido tentou alterar através de um «projecto-lei na Assembleia da República».
«Na mais velha democracia da Europa, que é a Inglaterra, entre o dia em que a Rainha convoca eleições e o dia em que o novo governo entra em funções passa pouco mais de um mês», recordou.
Para Portas, Inglaterra «é um país com uma cultura muito prática, muito pragmática», ao contrário da «nossa cultura que ainda é muito burocrática».
«Há muitos prazos, procedimentos e evidentemente podia-se fazer um processo mais rápido, mas as leis são para cumprir», concluiu.