Portas quer que os eleitos de domingo sejam «pessoas de contas certas»
Nas últimas horas de campanha, Paulo Portas sublinhou a importância do trabalho nas autarquias e das «pessoas de contas certas» para conseguir o crescimento económico do país.
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O líder do CDS esteve, na quinta-feira à noite, numa freguesia de Vale de Cambra, onde voltou à matemática e à importância dos números. «Gostaria muito que os autarcas eleitos no próximo domingo - de qualquer partido, porque há gente boa em todos - fossem pessoas de contas certas», afirmou Paulo Portas.
Referindo que as 308 câmaras do país serão «parte do problema ou parte da solução», consoante se endividarem muito ou atraírem investimento, o governante apelou a que «não votem em pessoas que tragam dívidas e mais dívidas porque isso depois vai trazer impostos e mais impostos».
Ainda no mesmo contexto do que deve ser a prioridade do eleitorado, Paulo Portas acrescentou que a opção deve ser por «quem é mais sensato, mais razoável, mais cuidadoso e mais prudente», e por quem demonstre compreender que «as pessoas são mais importantes que as coisas».
Relacionando a generalidade do panorama nacional com a situação de Vale de Cambra, que descreve como «um dos concelhos portentosamente mais fortes que Portugal tem do ponto de vista económico e agrícola» e ao qual atribui «uma modernidade económica e industrial pujante», Paulo Portas defendeu depois que o crescimento do país beneficiará da aposta no setor primário.
«Não tinha razão nenhuma quem dizia que a agricultura era para acabar», realçou o líder dos democratas cristãos e vice-primeiro-ministro.
«Tem toda a razão quem diz que essa é uma oportunidade de crescimento para uma economia moderna, exportadora e que abastece o mercado interno».Sobre os «sinais positivos» de retoma económica, Paulo Portas admite que esses «não podem tomar-se como garantidos», mas, mais uma vez, relaciona o esforço de recuperação com a necessidade de eleger autarcas de boa gestão.
«Se Portugal voltar a crescer de forma consistente, isso é bom para todos os partidos, quer sejam apoiantes do Governo ou da oposição», explica.