PPM classifica extinção de freguesias como «assalto ao poder autárquico»
O Partido Popular Monárquico manifestou hoje à Associação Nacional de Freguesias a sua preocupação com o «assalto ao poder autárquico» que surgirá com a eventual extinção de freguesias, prevista no acordo entre o governo e a 'troika'.
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«Estamos muito apreensivos. Com a eventual junção de freguesias perde-se a dinamização da participação cívica, passando o domínio a pertencer às grandes máquinas partidárias», referiu Gonçalo da Câmara Pereira, candidato do PPM pelo Círculo de Fora da Europa, numa reunião com representantes da ANAFRE.
Gonçalo da Câmara Pereira, que esteve acompanhado por Alline Gallash, candidata por Lisboa, considerou que «só através do poder local Portugal pode ser restaurado» e responder aos «desafios colocados pela crise».
O candidato afirmou que o PPM «é o único partido municipalista» e enalteceu o serviço que «as freguesias, sejam elas grande ou pequenas, prestam às suas comunidades».
O presidente da ANAFRE, Armando Vieira, garantiu que o organismo «opõe-se frontalmente à extinção das freguesias», admitindo, no entanto, que «possa haver agregação sem perda de identidade».
«A reorganização não tem que ter a marca da extinção», afirmou Armando Vieira, acrescentando: «a reforma não pode ser feita com um modelo matemático, mas sim caso a caso», afirmou Armando Vieira.