O líder do PSD esclareceu, este sábado, que quando defende um governo com apenas dez ministros está a pensar num executivo com maioria absoluta.
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«Quando digo que estou preparado para construir um Governo com não mais do que 10 ministros, falo evidentemente da possibilidade do PSD ter uma maioria absoluta e poder responder por esse resultado», afirmou o líder social-democrata, em declarações aos jornalistas antes de um almoço em Rendufe, no distrito de Braga.
Se essas condições não existirem, continuou Pedro Passos Coelho, o PSD terá de «negociar um Governo que pode ter outras exigências».
Na cabeça de Paulo Portas, 12 é a conta certa, mas Passos Coelho insistiu que dez ministros podem dar bem conta do recado e coordenar melhor as acções do Executivo.
Questionado sobre o facto de o jornal Expresso deste sábado escrever que Cavaco Silva é contra a redução do número de ministros a dez por entender que a tarefa pode ficar demasiado pesada para cada um deles, o líder do PSD respondeu que não costuma ouvir as mensagens do Presidente da República «através dos jornais».
Mais do que poupar dinheiro, Passos Coelho pretende poupar tempo. Sem mexer na lei, quer entregar diferentes pastas ao mesmo ministro.
Até o mais céptico «pode perceber que o próximo governo construído nesta base consiga responder melhor pelos resultados do que um que tem tantos ministros mas não tem coerência ou unidade», rematou.