O líder do PS defendeu que Portugal deve dizer claramente à troika que o país precisa de mais tempo para equilibrar as contas públicas, porque há mais pobres e muitos portugueses a sofrer.
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António José Seguro fez esta referência à nova missão da 'troika' (Banco Central Europeu, Fundo Monetário Internacional e Comissão Europeia), que se inicia esta segunda-feira, durante o comício de apoio à candidatura socialista de José Junqueiro à Câmara Municipal de Viseu.
Depois de um discurso crítico em relação às desigualdades sociais em Portugal, o líder socialista disse que, ao contrário do Governo, ele sabe o que dizer à 'troika' para defender a posição nacional.
«A 'troika' vem amanhã [segunda-feira] a Portugal para mais uma avaliação e o país desconhece qual a posição do Governo, porque o Governo fala a várias vozes, quando deveria ter uma posição firme. No PS há coerência e firmeza nas suas posições: Só conseguiremos sair desta situação se Portugal tiver mais tempo para equilibrar as suas contas públicas. É necessário dizer isso à 'troika»" sustentou Seguro na sua intervenção.
No entanto, o secretário-geral do PS considerou que a 'troika' e o Governo têm sido insensíveis a uma posição mais favorável ao crescimento e ao emprego.
«Só podem ser insensíveis ao sofrimento e à dor ou quem é muito frio ou quem não conhece o país, porque há de facto muita gente a sofrer e há muita pobreza no nosso país», declarou o líder socialista.
Seguro defendeu mesmo que «entra pelos olhos de todos» a realidade nacional de maior empobrecimento e que não cumpre qualquer objetivo de consolidação orçamental.
«O Governo e a 'troika' não conseguiram alcançar uma única meta orçamental. O que falta à 'troika' e ao Governo para perceberem que têm de mudar de caminho?», interrogou-se Seguro.