
Jerónimo de Sousa
Global Imagens/João Girão
Perante trabalhadores da EMEF, no Entroncamento, o líder comunista explicou que a suposta reestruturação que se tentou fazer neste setor «liquidou postos de trabalho e direitos».
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O secretário-geral do PCP considerou, esta terça-feira, no Entroncamento, que o «setor ferroviário foi alvo de um processo destrutivo».
Num restaurante onde almoçou com a caravana da CDU , Jerónimo de Sousa explicou que este setor foi alvo de um «processo de desmembramento» e «depois de desmantelamento em nome de uma reestruturação que nunca se verificou».
«O objetivo central dessa chamada reestruturação foi sempre liquidar postos de trabalho e direitos, abrir portas a privatizações, secundarizar, desvalorizar» este setor fundamental, acrescentou.
Perante trabalhadores da Empresa de Manutenção do Equipamento Ferroviário (EMEF), o líder comunista insistiu que o ataque ao setor ferroviário já vem de longe, mas intensificou-se nos últimos dois anos.
Neste restaurante, esteve também Custódio Ferreira, antigo trabalhador da EMEF que lembrou os tempos em esteve na manutenção do setor ferroviário, quando os comboios eram a vapor e havia uma «diferença grande de material e na responsabilidade que cada um tinha nas suas missões».
Este trabalhador, agora com 84 anos e que esteve na manutenção dos comboios 40 anos, 10 dos quais como dirigente sindical, recordou também os direitos conquistados após o 25 de Abril e que agora «estão a ser postos em causa».