Os combates das últimas semanas no Iémen fizeram pelo menos 540 mortos e 1.700 feridos, informou hoje a Organização Mundial de Saúde. Um milhão de crianças não pode ir à escola por causa do conflito. Já morreram pelo menos 74 crianças.
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A Cruz Vermelha alertou para uma situação humanitária «muito crítica» no país.
«Pelo menos 74 crianças foram mortas e 44 feridas desde 26 de março», segundo um porta-voz do Fundo da ONU para a Infância (UNICEF), Christophe Boulierac.
No terreno, há pessoal da UNICEF a tentar determinar as circunstâncias dessas mortes. O porta-voz diz que o número avançado diz respeito a «vítimas diretas de armas» e vítimas de «consequências indiretas do conflito», como a falta de água potável e material médico.
O conflito no Iémen acentuou-se em fevereiro com a tomada da capital, Sanaa, pelas milícias xiitas 'huthis', aliadas do ex-presidente Ali Abdallah Saleh e apoiadas pelo Irão, a consequente fuga do Presidente, Abd Rabbo Mansur Hadi, para a segunda cidade do país, Aden, e, perante o avanço dos rebeldes, para a Arábia Saudita.
O avanço dos rebeldes tem enfrentado a resistência dos combatentes dos 'comités populares' leais ao atual Presidente e, desde 26 de março, de uma coligação de países árabes liderada pela Arábia Saudita.
Várias famílias estão a abandonar o país para fugir ao conflito.
As imagens da Reuters mostram também um dos mais recentes ataques aéreos de que o país foi alvo.