O ministro grego das Finanças dirige um pedido ao Banco Central Europeu. No dia em que BCE deve anunciar um programa de compra de dívida pública, o governo de Atenas deseja que a Grécia seja um dos países contemplados por neste plano.
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O tom do discurso é direto, sem rodeios. O ministro das Finanças da Grécia diz que nenhum país precisa tanto dessa ajuda como o seu, por isso, o governante espera que o Banco Central Europeu também compre dívida pública grega.
Citado por um jornal de Atenas, Harris Georgiades lembra que a Grécia tem a maior dívida da zona euro, equivalente a quase 180 por cento do produto interno bruto.
Para além disso, a Grécia tem também a inflação mais baixa e as taxas de juro mais elevadas. Em teoria, diz o ministro, isto faz da Grécia o destinatário ideal do plano do BCE.
A três dias das eleições, o responsável da pasta das Finanças deixa, ainda um recado. A política monetária não deve estar dependente de acontecimentos políticos.
Aos parceiros europeus Harris Georgiades também endereça um pedido. Diz que é preciso flexibilidade na análise do orçamento de Atenas para este ano. O ministro confia que qualquer que seja o resultado de domingo, o país vai manter-se no euro porque é essa a vontade dos gregos.